A instituição preparou uma programação especial para apresentar a nova unidade, no Costa Azul, aos alunos. E com o auditório Pontes de Miranda lotado, o dia de celebrações foi iniciado, na manhã desta segunda (30). Além da exibição do documentário, teve oficina gastronômica sustentável, feirinha artesanal e, para finalizar, atração musical.
Por volta das 9h, calouros, veteranos, professores e diretores da Faculdade Baiana de Direito assistiram o documentário ‘Axé: Canto do Povo de Um Lugar’, dirigido pelo cineasta baiano Chico Kértesz.
O longa conta com relatos de grandes nomes do cenário musical baiano como Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Luiz Caldas, Daniela Mercury, Gilberto Gil, Caetano Veloso, além de produtores, compositores, jornalistas, radialistas e empresários e traz uma perspectiva sobre a trajetória do gênero, desde o nascimento até os dias de hoje.
Após a exibição do filme, o debate foi iniciado e contou com a presença de Chico Kértesz, do empresário de Ivete Sangalo, Fabio Almeida, do produtor argentino Nestor Madrid, do diretor acadêmico Fredie Didier Júnior, do diretor geral Valton Dória Pessoa, do professor Sebastião Mello e do sócio da faculdade Guilherme Bellintani.
O debate acompanhou a cronologia do documentário, do auge à “decadência” da axé music. Segundo Fredie Didier, “houve, sim, um enfraquecimento do movimento, mas não se pode afirmar que um gênero que há cerca de 30 anos continua lançando sucessos está ou viveu uma decadência”, pontua Fredie.
Já para Guilherme Bellintani, o Carnaval baiano precisa acompanhar os movimentos ‘desorganizados’ que estão dando certo em outras capitais. “Se você tirar os camarotes do circuito, o que isso irá representar no número de foliões? Cerca de 3% apenas, que é o público que consome esse serviço. Agora, sem os blocos, bloquinhos ou fanfarras, que está em alta no Rio de Janeiro e São Paulo, o Carnaval não existe”, opina Bellintani.
O empresário Fabio Almeida ressaltou os elevados custos para colocar um trio na avenida e defendeu a importância de investimentos nesse setor. “Como Bellintani bem disse, o Carnaval é feito por eles (trios elétricos). Não dá para imaginar o Carnaval sem eles, muito menos esperar que os artistas assumam todas as despesas, só para manter a festa”, afirma o empresário.
O debate entrou no início da tarde e, por volta das 13h, o professor Sebastião Mello agradeceu os presentes e adiantou que precisaria de mais um encontro para esgotar o assunto. Ao final, todos aplaudiram de pé.
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