28 de novembro de 2024
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ALBA faz um minuto de silêncio para Mário Cravo Jr. na reabertura dos trabalhos

ALBA faz um minuto de silêncio para Mário Cravo Jr. na reabertura dos trabalhos

Na reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) nesta quarta-feira (01), o presidente Angelo Coronel (PSD) homenageou o artista plástico baiano Mário Cravo Júnior com um minuto de silêncio e uma salva de palmas. Cravo faleceu nesta terça-feira, aos 95 anos.

“Mário Cravo Jr., ao lado de Carybé, Carlos Bastos, Jorge Amado e Caymmi, foram responsáveis pela difusão da Bahia como polo cultural, artístico e turístico do Brasil. A Bahia, neste instante, fica um pouco menos iluminada, com a perda de um mestre e de um gênio das artes. Meu abraço solidário, e de todos os parlamentares da ALBA, aos familiares e amigos de Mário Cravo Jr. por este momento de muita tristeza”, disse Angelo Coronel.

O chefe do Legislativo já apresentou uma moção oficial de pesar pelo passamento do escultor, pintor, gravador e desenhista que, segundo Coronel, está na galeria dos grandes artistas plásticos baianos de todos os tempos. “Era também o pai de Mário Cravo Neto, grande fotógrafo, desenhista e escultor, dedicado à temática afro-brasileira, falecido em 2009. Para mim, a imagem clássica de Cravo é a fotografia em que ele aparece com uma máscara de soldador e um maçarico na mão. Parecia um chapista de automóvel, mas era um originalíssimo artista em pleno exercício de sua criatividade. E ele não era um artista de galeria: sua arte é popular, está nas ruas e praças de Salvador”, declarou o presidente da ALBA.

Coronel lembrou que a mais conhecida delas, a “Fonte da Rampa do Mercado”, é chamada popularmente por muitos baianos como “as bundas de Mário Cravo”, numa alusão ao formato de glúteos da escultura de fibra de vidro, com 16 metros de altura, e que, desde 1970, é um dos cartões postais da Bahia, na Praça Cairu, ao lado do Mercado Modelo e em frente à Baía de Todos os Santos.

Outro monumento que marca a presença de Cravo na capital da Bahia, onde ele nasceu, em 1923, é a Cruz Caída, erguida em 1999, na Praça da Sé, para marcar a indignação do artista contra a destruição da Sé primacial, nos anos 1930, para abrir as portas da velha cidade a novas avenidas. “Parodiando Caetano Veloso, a Cruz Caída é uma espécie de aviso permanente de que o ‘progresso não pode destruir coisas belas’, símbolos que representam a nossa identidade, a nossa história e a nossa cultura”, argumenta Coronel.




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