Após três horas de reunião com os integrantes da chapa majoritária e presidentes de todos os 14 partidos de seu arco de alianças, que compõem o chamado Conselho Político, o governador Rui Costa (PT) bateu o martelo sobre a composição das chapas proporcionais para deputados federal e estadual e evitou desgaste entre postulantes às vésperas da convenção petista, próximo sábado, no Parque de Exposições.
A jornalista Regin Bochicchio do A Tarde informa que o encontro aconteceu no Palácio de Ondina, no início da noite desta quarta-feira (1º), e ficou acordado que haverá três chapas para federal – sendo uma delas uma espécie de chapão – e outras três para estadual.
Horas antes do encontro, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ângelo Coronel (PSD), pré-candidato ao Senado, havia dito que estava ocorrendo “um curto-circuito” entre partidos da base de Rui no que dizia respeito às coligações. Segundo Coronel, por um acordo firmado anteriormente, todos os partidos da base estariam em um grande chapão, à exceção de PCdoB, que tradicionalmente sai sozinho.
No início da tarde desta quarta, Coronel disse que não se pode mudar a regra do jogo no último minuto. “Existem correntes contrárias ao chapão, mas a maioria dos partidos querem o chapão”. Apesar de não ter sido este o acordo final, nas palavras do presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, “houve consenso e unidade do grupo”.
Coligações – Para deputado federal, os maiores partidos da base estão coligados em um chapão: PT-PSB-PP-PSD-PR-Podemos e até o PCdoB, que desta vez sai em grupo. Outra chapa será de formação PDT-PROS e uma terceira, de partidos menores, PMN-PMB-PTC-PRP. O Avante ficou de definir se estará encaixado no chapão ou no último grupo.
Já para deputado estadual, uma coligação foi fechada com PMN-PMB-PTC. Os demais partidos estarão reunidos nesta quinta, 2, para definir outras duas chapas.
“Usamos os mesmos critérios que originaram a unidade em 2014. Primeiro critério: disposição de partidos que permitirão fazer a maioria nas bancadas federal e estadual e, segundo, garantir a competitividade de quem já tem mandato e dos novos postulantes”, disse Everaldo.
Os cálculos para composição das chapas proporcionais consideram fatores como puxadores de voto e musculatura partidária. Assim, os presidentes de partidos buscam uma construção que projete o cenário das urnas.
Rádio e TV – Com apoio de 14 partidos, incluindo PSD e PP, que comandam boa parte das prefeituras no estado, a chapa de Rui Costa deve ocupar cerca de 2/3 das inserções diárias de 20 minutos no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, ou seja, aproximadamente sete minutos – o que a partir da nova regra eleitoral é considerado um tempo generoso.
Até sábado, cada partido da aliança definirá os critérios para arrecadação na campanha. O PT, diz Everaldo, definirá se vai ou não apostar na “vaquinha virtual” para a majoritária após o dia 5. Os partidos e candidatos só poderão movimentar conta bancária a partir de 16 de agosto.