O senador Aécio Neves (PSDB-MG) anuncia nesta quinta-feira (2) que vai disputar a eleição para deputado federal por Minas. A decisão deve ser formalizada por meio de uma nota.
Aécio ponderou, por meses, se tentaria a reeleição ao Senado, se disputaria uma vaga na Câmara ou mesmo se deveria ficar de fora da eleição deste ano.
A Folha informa que, com a decisão de sair candidato à Câmara, o tucano opta por uma jogada mais segura do que a disputa de uma eleição majoritária para o Senado.
Aécio sempre disse que não queria deixar a vida pública em meio a acusações. O tucano foi um dos principais avariados pela delação da JBS, em maio do ano passado.
A decisão de Aécio, tomada após vários dias de conversas com aliados, abre espaço para Rodrigo Pacheco, do DEM, ser candidato ao Senado na chapa de Antonio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas. O objetivo é tentar sacramentar a vitória do tucano já no primeiro turno.
Pacheco, inicialmente, também disputaria o governo do estado, mas com o acordo nacional entre PSDB e DEM, deve deixar a disputa para compor com Anastasia.
Na nota, divulgada no fim da tarde desta quinta (2), o senador afirmou que irá disputar uma vaga na Câmara com o objetivo de ampliar o campo de apoio à candidatura de Anastasia.
“Não foi, como podem imaginar, uma decisão fácil. Por um lado, porque todas as pesquisas realizadas até aqui apontam meu nome entre os mais bem avaliados na disputa para o Senado. Por outro, porque estão vivas na minha memória as inúmeras manifestações de estímulo que tenho recebido de lideranças dos mais variados setores e de todas as regiões de Minas”, escreveu Aécio.
No documento, o senador disse ainda ser alvo de “ataques violentos e covardes” e que está seguro de que vai provar a correção de seus atos.
“Farei isso, em respeito à minha trajetória política, à minha família e a todos que me levaram a conduzir o que muitos consideram o mais exitoso governo da nossa história recente”.
Em 2017, o político foi acusado por ter recebido R$ 2 milhões em espécie do empresário Joesley Batista
A Procuradoria diz que era propina para o senador. O tucano afirma que precisava de ajuda para pagar advogados e negociou um apartamento de sua mãe com o empresário.