No primeiro semestre de 2018, o financiamento de imóveis cresceu 6% na Bahia (2.294 unidades financiadas), na comparação com o mesmo período do ano passado (2.158 unidades), indicou o balanço semestral da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), divulgado no último dia 25.
Para o corretor de imóveis Felipe Aniceto, da Aniceto Imóveis, os bancos e instituições financeiras responsáveis pelas transações imobiliárias têm preferência em financiar com os jovens, por ser fácil encontrar o perfil de cadastro financeiro limpo, sem restrições por outras negociações.
“Desde que tenha o nome limpo, qualquer pessoa pode financiar o imóvel desejado, seja qual for a idade. Mas os bancos optam pelos mais jovens, até pela possibilidade de aumentar o tempo de financiamento e melhorar a condição de negociação”, explica Aniceto ao jornal A Tarde.
Incentivos – Na análise dos bancos onde o financiamento pode ser realizado, Aniceto destaca que a Caixa Econômica tem os benefícios dos incentivos do governo federal para o sistema habitacional, como taxas reduzidas para servidores públicos e recursos de FGTS. Em contrapartida, ele ressalta que os bancos privados chegam a oferecer até 80% de crédito de financiamento, ante os 70% que é habitual da Caixa.
“Como resultado das mudanças de taxas de financiamento da Caixa, os bancos privados passaram a oferecer incentivos e taxas de juros compatíveis, alavancando ainda mais o setor imobiliário no País. Vale salientar que no momento inicial da assinatura da promessa de compra e venda, o futuro comprador deverá ter a ciência de que quanto maior for o valor para entrada, menor será o valor de financiamento, e, automaticamente, as parcelas mensais que serão pagas ao banco”, acrescenta Aniceto.
O presidente do Sindicato da Habitação da Bahia (Secovi-BA), Kelsor Fernandes, afirma que é cedo para avaliar se o resultado positivo dos financiamentos imobiliários do estado é o sinal de recuperação do setor. Ele afirma que a elevação do número de imóveis financiados depende dos incentivos de bancos e instituições financeiras do mercado.
“Todo crescimento é positivo, mas não é possível cravar que se trata de uma recuperação do setor imobiliário. A variação das taxas de financiamento, estabelecidas pelas instituições financeiras, tira a confiança dos compradores. Quando as taxas se equilibram e sofrem menos mudanças, o mercado ganha segurança e as vendas de imóveis sobem”, diz Fernandes.