Dirigido por Emilio Le Roux, Hans Herold e Silvana Moura, com produção executiva de Djane Moura Cruz, o documentário ‘Alápini, A Herança Ancestral de Mestre Didi Asipá’ revive a história do sacerdote através das memórias e relatos dos membros do terreiro Asipá e de sua família, pessoas que conviveram bem de perto com ele. O lançamento do filme será realizado nesta quinta-feira (30), às 19h30, na Sala Walter da Silveira – Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador. A entrada é franca.
Como artista plástico, Mestre Didi difundiu costumes, línguas, estéticas, literatura e mitologia dos povos africanos, principalmente a religião, aprofundando o conhecimento dos alunos sobre as influências dessa cultura na formação nacional brasileira. Em suas obras, Mestre Didi manipula materiais e formas, objetos e emblemas das entidades sagradas, unindo produção artística e prática religiosa.
Os diretores conheceram Mestre Didi (1917-2013) há alguns anos, começaram a frequentar o Asipá e ficaram fascinados com a sua sabedoria, elegância e grandeza. Incentivados por José Félix, neto do escultor, aceitaram o desafio da homenagem. O documentário tem apoio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), da Sociedade Religiosa e Cultural Ilê Asipá e da Associação Beneficente Cultural e Carnavalesca Bloco Afro Idará.
“Mestre Didi é um dos grandes nomes da cultura brasileira, um sábio, conhecedor profundo do culto aos egungus, do candomblé. Tentamos mostrar esses talentos múltiplos do Mestre: sacerdote, artista, escritor, dramaturgo, educador… É um dos grandes brasileiros do século XX e precisa ser conhecido nesse país. Sua vida é um exemplo. Ele viveu para preservar a herança dos seus ancestrais, logo temos que preservar o legado desse ser incrível”, explica a jornalista e diretora Silvana Moura.