Os professores municipais de Itabuna, cidade do sul da Bahia, iniciaram nesta segunda-feira (3) uma greve por tempo indeterminado. A mobilização foi decretada em assembleia realizada na última quarta-feira (29).
Os professores reivindicam 6,81% de reajuste para docentes de nível II e III, são contra a mudança do regime trabalhista, que é a CLT, para um regimento estatutário próprio, e exigem o pagamento de salários atrasados para professores em desvio de função.
De acordo com o Sindicato do Magistério Municipal Público de Itabuna (Simpi), a greve afeta 98 escolas e 17 mil alunos na cidade.
Ainda segundo o sindicato, a mudança do regime trabalhista acarretaria em perda de direitos trabalhistas. Com relação aos salários atrasados, a entidade diz que os professores em desvio de função [que por motivo de saúde estão fora da sala de aula, mas atuando em outras atividades] estão sem receber desde julho.
Em nota, a Secretaria de Educação de Itabuna informou que respeita a decisão da categoria, mas que, mesmo sem aulas, as escolas permanecerão abertas, “exceto nas situações em que diretores e vice-diretores estejam sujeitos à uma condição de vulnerabilidade e de violência”.
A nota ainda informa que todas as equipes de trabalho têm valorizado os diálogos, especialmente com o Simpi, e que a secretaria “não se furta dos debates, das escutas das ideias”. A secretaria ainda disse que já procedeu alguns encontros e reuniões com o Simpi e com o Conselho Municipal da Educação e que manterão o diálogo.