A vice-diretora do Museu Nacional, Cristiana Serejo, disse em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (3) que cerca de 10% do acervo não foram destruídos após o incêndio de domingo (2).
Serejo afirmou ainda que o detector de fumaça do museu não estava funcionando e que serão necessários, a princípio, R$ 15 milhões para a recuperação do museu.
“Houve o contingenciamento de um terço do valor de R$ 514 mil. Esse ano recebemos R$ 240 mil, o que é pouco”, afirmou Serejo, em frente ao Museu Nacional.
Segundo a vice-diretora, foram preservados o meteorito Bendegó, parte da coleção de zoologia, a biblioteca central do museu, outros minerais e algumas cerâmicas, o herbário, o departamento de zoologia de vertebrados, tudo que estava no prédio principal, exceto meteoritos, acervo mobiliário do 1º reinado e peças herdadas da família imperial.
Ainda segundo a vice-diretora, o incêndio teria começado no segundo andar, mas o laudo só estará pronto dentro de 48 horas.
A Defesa Civil interditou o palácio. Técnicos do órgão identificaram que “existe um grande risco de desabamento, que pode ocorrer com a queda de trechos remanescentes de laje, parte do telhado que caiu e paredes divisórias do prédio”.
Na área externa, no entanto, a avaliação destaca que “devido à espessura das fachadas, não há risco iminente”. Mesmo assim, “foram constatados problemas pontuais, como queda de revestimento, adornos e materiais decorativos (estátuas) fazendo com que a área de projeção das fachadas também permaneça isolada”.