A ONU afirmou nesta quarta-feira (5) que está “preocupada” com a militarização das fronteiras com a Venezuela, além dos incidentes de xenofobia contra os migrantes e refugiados que, fugindo do regime de Nicolás Maduro, passaram a criar tensão em cidades de países vizinhos.
Nas últimas semanas, governos de Brasil, Peru e Equador incrementaram a presença de militares na região, o que causou alarme na ONU. A violência em cidades de fronteira, como no caso de Roraima, também foram recebidos como um alerta de que a situação pode sair do controle.
O Estadão informa que, em declaração conjunta, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e diversos comitês da ONU alertam que a América do Sul “deve adotar uma resposta coordenada, com base nos direitos humanos e no princípio da responsabilidade compartilhada”.
De acordo com a ONU, estima-se que em junho 2,3 milhões de venezuelanos tenham saído do país, principalmente com destino a Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Chile. Em uma lista de 16 recomendações, a ONU pede que sejam implementadas medidas para prevenir a discriminação contra venezuelanos e campanhas educativas que combatam a xenofobia.