Por Davi Lemos (dvlemos@gmail.com)
Sem a presença de João Leão (PP), candidato a vice-governador da chapa de Rui Costa (PT), outros cinco candidatos ao cargo realizaram nesta quarta-feira (19) um debate morno que, via de regra, concentrou-se em apontar as mazelas da Bahia nas áreas de saúde, educação e segurança pública.
Sem o progressista, participaram do debate da Rádio Sociedade José Itamário (Rede), Mônica Bahia (PSDB), Dra. Antônia (PRTB), Jeane Cruz (MDB) e Dona Mira (PSOL).
Nas considerações finais, Jeane Cruz e Itamário criticaram a ausência e Leão. “Sinto (o fato de) o candidato a vice (João Leão) não se fazer presente”, disse a candidata do MDB na chapa de João Santana. Jeane Cruz afirmou que Leão já estaria em clima de “já ganhou”, mas afirmou não ver esse sentimento nas ruas. Já José Itamário, vice de Célia Sacramento, afirmou que “os que não vieram estão expondo a negação de seu projeto junto à população”.
Mônica Bahia, candidata a vice na chapa de José Ronaldo (DEM), apontou a violência como um dos mais graves problemas hoje enfrentados no estado. O tucana apontou que são crescentes os números de estupros e de agressões às mulheres. Ela propôs a criação de mais delegacias especializadas na atenção às mulheres.
Em resposta a Mônica, Dra. Antônia, vice na chapa de João Henrique, apontou a falta de estrutura das delegacias como um dos motivadores da violência. “Na delegacia de Alagoinhas, não há sequer água para beber”, afirmou Antônia, que é advogada na área criminal.
Co-governadora – Dona Mira, candidata do PSOL, disse em certo momento do debate que não será vice-governadora de Marcos Mendes, mas co-governadora. Foi um dos momentos descontraÃdos do debate. A psolista, quando perguntava à candidata Dra. Antônia, sobre a violência, questionou sobre a vitimização principalmente de negros. Mas a candidata do PRTB, também negra, não seguiu o discurso da psolista.
“A violência hoje não escolhe cor”, disse a vice na chapa de João Henrique. Para ela, tanto ricos quanto pobres, independentemente de cor, estão vivendo presos em suas casas enquanto os bandidos estariam soltos. “Antes as pessoas conversavam na porta de casa”, comparou.
Itamário, que tem Marina Silva (Rede) como candidata a presidente, fez dobradinha com Dona Mira para atacar o presidenciável Jair Bolsonaro. Ele perguntou à psolista o que ele acha da proposta de Bolsonaro de extinguir os quilombos. “É um retrocesso de uma luta do povo negro e também do povo indÃgena”, respondeu a candidata do PSOL.
Itamário também criticou o projeto Escola Sem Partido que tem Bolsonaro como um de seus defensores.