25 de novembro de 2024
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Último debate de candidatos a governador é marcado por críticas a Rui Costa

Último debate de candidatos a governador é marcado por críticas a Rui Costa

Por Davi Lemos (dvlemos@gmail.com)

O último debate entre os candidatos ao governo do Estado realizado pela TV Aratu/SBT repetiu o enredo de encontros anteriores realizados em rádio e TV: ausência do candidato à reeleição e líder nas pesquisas de intenção de votos, Rui Costa, críticas generalizadas à gestão do petista e, como tornou-se regra desde a terça-feira, quando foi realizado o debate da Rede Bahia, Zé Ronaldo tentando explicar seu voto em Jair Bolsonaro.

No primeiro bloco, João Santana (MDB) e Zé Ronaldo (DEM) brincaram com o apelido “Correria” atribuído ao governador. O ex-ministro da Integração Nacional referiu-se ao petista como “Rui Correria dos debates”. O democrata, por sua vez, disse que Rui corre de questionamento sobre os problemas na área da saúde, educação, dentre outros, afirmando que o petista atribui a outros os problemas que não consegue resolver em seu governo.

O democrata voltou a citar o que seriam promessas de 2014 não cumpridas pelo petista, como a construção de hospital em Feira de Santana e a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna. E citou, como nos debates anteriores, os R$ 550 milhões gastos em publicidade, os R$ 150 milhões que o estado envia anualmente para OAS e Odebrecht administrarem a Arena Fonte Nova.

Candidatos de Bolsonaro – Ainda no primeiro bloco, o candidato Marcos Mendes (PSOL), que debatia com Célia Sacramento (Rede), questionou Zé Ronaldo sobre o apoio dele ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). O ex-prefeito de Feira de Santana deixou claro que sua adesão a Bolsonaro é mais por “ouvir a voz das ruas” que por concordância ideológica ou programática.

Zé Ronaldo disse que não defende a passagem do controle de estatais para a iniciativa privada; inclusive ressaltou ser servidor público e jamais ter promovido privatizações. Ronaldo disse, durante o debate e na entrevista à imprensa após, que seu voto é contra o PT, para tirar os petistas do governo estadual e não permitir que retornem à Presidência da República.

João Henrique (PRTB), no entanto, ressaltou que o candidato a vice de Bolsonaro é de seu partido, o General Mourão. Já Ronaldo disse que, embora seu partido esteja coligado a Geraldo Alckmin, do PSDB, ele apoia o que ouve nas ruas e pede voto em Jair Bolsonaro.

A candidata Célia Sacramento (Rede), que reclamou de sua ausência em outros debates em TV, disse que vai rever todas as privatizações ou extinções de empresas públicas pelo estado – Célia disse ainda estar “decepcionada” com o apoio do democrata ao candidato do PSL. Segundo Marcos Mendes e a redista, Bolsonaro é homofóbico, fascista, prega o estupro contra mulheres – não citaram, porém, que o candidato do PSL à presidência tem um projeto de lei que prevê castração química para estupradores.

Desmilitarização – Marcos Mendes, ao ser questionado se defenderia a desmilitarização e o direito de greve dos policiais, ressaltou que essa é uma ideia defendida pelo presidenciável de seu partido, Guilherme Boulos. Mendes disse que quer tratar os policiais como “cidadãos plenos”, inclusive com direito a greve. O psolista defende ainda a unificação entre policiais civis e militares.

O candidato do MDB, João Santana, ressaltou que os resultados ruins na educação, na saúde e no turismo no governo Rui Costa devem-se à ausência de gestão eficiente. Disse que só será possível resolver os problemas em quaisquer áreas se houver um reequilíbrio das finanças do estado. Santana apontou que 14 secretarias do governo baiano recebem, somadas, somente 5% dos recursos do orçamento.

Foto: Davi Lemos/NewsBA




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