Com pouco mais de 2,7 milhões de votos, o candidato João Amoêdo, do Novo, estreante numa disputa presidencial, disse que o partido ainda decidirá sobre eventual apoio no segundo turno, mas afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o coordenador econômico de Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, tem ideias alinhadas à da legenda.
“Ele tem algumas ideias que se assemelham ao que defendemos, como mais liberdade econômica e privatização de estatais”, disse. “O problema é que essas propostas vêm do assessor econômico. Bolsonaro, como deputado (o candidato está em seu sétimo mandato na Câmara), nunca foi um grande defensor dessas pautas. Ainda é cedo para dizer (quem vamos apoiar).”
Eleições – “O balanço é muito positivo. O Novo existe há praticamente três anos desde sua data de registro, nunca utilizou dinheiro público, não fez coligação e não tinha nenhum político em sua base partidária a não ser os vereadores eleitos em 2016. Tinha também pouca exposição na mídia, tempo de TV e, mesmo assim, termina com 20 deputados eleitos – oito federais, 11 estaduais e um distrital. Eu terminei em quinto lugar numa eleição com várias pessoas com tradição na política, à frente da Marina Silva (Rede), Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB). Além disso, temos um candidato indo para o segundo turno no segundo maior colégio eleitoral do País, o Romeu Zema, em Minas.”
Ele informa que o partido atuará em duas frentes: “Uma é o próprio crescimento do partido, convidando pessoas para se filiar, e outra é focar na abertura de novos núcleos e diretórios pelo resto do Brasil, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste.”