O Papa Francisco proclamou santos neste domingo (14), nomes importantes da Igreja Católica no século XX, o arcebispo Oscar Romero, assassinado em 1980, e o Papa Paulo VI, pontífice de 1963 a 1978. Foram canonizados outros cinco religiosos europeus: Francisco Spinelli, Vicente Romano, María Catalina Kasper, a Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesus e o leigo Núncio Sulprizio.
A cerimônia na Praça de São Pedro reuniu milhares de pessoas entre peregrinos do mundo inteiro e 7 mil salvadorenhos. Participaram também da celebração a rainha Sofia, da Espanha, e os presidentes de El Salvador, Chile e Panamá.
“Depois de ter ponderado por muito tempo e invocado a ajuda divina e ouvindo as opiniões de muitos dos nossos irmãos bispos, declaramos santos aos abençoados”, leu em latim o Papa Francisco. “E nós os inscrevemos no Catálogo dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles são devotadamente honrados entre os Santos”, completou.
Em homenagem a eles, o papa usou como vestes litúrgicas durante a cerimônia o cíngulo com sangue que Romero usava na cintura no dia de seu assassinato, bem como a casula de Paulo VI.
Falecido em Castelgandolfo, aos 80 anos, em 6 de agosto de 1978, após 15 anos de pontificado, Paulo VI foi beatificado pelo papa Francisco, com a presença do papa emérito Bento XVI, em 19 de outubro de 2014, após o primeiro milagre atribuído a ele. Seu corpo está sepultado na Basílica de São Pedro em um túmulo simples, como pediu em seu testamento.
Já d. Oscar Romero foi beatificado em maio de 2015. O papa Francisco empenhou-se pessoalmente em seu processo de canonização, que vinha sendo mantido em banho-maria na Congregação para as Causas dos Santos durante os pontificados de João Paulo II e de Bento XVI.
Como mártir, ele não precisaria do reconhecimento de um milagre para ser declarado santo, mas foi apresentado um: a cura uma mulher que sofria grave risco de morrer de parto.