25 de novembro de 2024
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Aliado de Haddad, presidente nacional do Pros é considerado foragido da Justiça

Aliado de Haddad, presidente nacional do Pros é considerado foragido da Justiça

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram, na manhã desta quinta-feira (18), a Operação Partialis, para combater o desvio de recursos públicos na aquisição de gases medicinais em Brasília e no Pará. Ao todo, foram cumpridos 17 mandatos judiciais expedidos pela 2ª Vara de Justiça Federal de Marabá (PA) nas cidades de Marabá, Altamira (PA) e Brasília.

Foram expedidos quatro mandatos de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e nove mandatos de busca e apreensão, envolvendo políticos do Pros. O partido integra a coligação “O Brasil feliz de Novo” do candidato a presidente Fernando Haddad, juntamente com o PT e o PCdoB. De acordo com levantamentos preliminares da PF, os valores desviados dos cofres públicos podem “chegar seguramente” a mais de R$ 2 milhões.

Apenas uma prisão não foi cumprida ainda. Trata-se do presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior, que teve pedido de prisão temporária, mas não foi localizado e é considerado foragido pela Justiça. A expectativa de fontes ligadas à Operação é que ele se apresentará voluntariamente ainda nesta quinta-feira (18). O ex-prefeito de Marabá João Salame Neto, do mesmo partido, foi preso preventivamente pela manhã em Brasília, de acordo com a PF.

Não é a primeira vez que Eurípedes Júnior está envolvido em escândalos. Em março de 2017, o Correio Braziliense divulgou que o presidente da legenda realizou uma compra irregular de um helicóptero, por exemplo. O comunicado da PF informou que, “segundo as investigações, após publicação, em jornal local, de que tal compra havia sido realizada pelo ex-gestor, através de pessoa interposta, tal aeronave foi enviada para Goiânia/GO, onde ficou sob responsabilidade da direção nacional de um partido político”. Tanto os empresários da empresa de Altamira/PA, como a direção nacional do partido, praticaram uma série de ilicitudes, a fim de justificar a versão dos fatos apresentadas perante a Justiça.

A investigação é um desdobramento da Operação Asfixia, deflagrada em junho de 2016, para apurar fraudes em licitações para aquisição de gases medicinais promovidas pela Prefeitura de Marabá/PA. De acordo com a PF, após a análise de documentos apreendidos e demais elementos de informações colhidos durante a operação e as investigações, descobriu-se um verdadeiro esquema de ilícitos dentro do paço municipal, com ilicitudes que consistiam na cobrança de valores por parte de servidores municipais em troca da facilidade no recebimento de valores atrasados. Chamou a atenção em especial, uma anotação que indicava o depósito de R$ 100 mil reais para uma dita “parceria”. Daí veio o nome da operação, do latim Partialis.




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