Apontando a falta de apoio de Ciro Gomes (PDT) como um dos motivos da derrota de Fernando Haddad (PT) na eleição presidencial, aliados do petista dizem que o pedetista foi “egocêntrico” e só pensou em uma eleição em 2022.
Questionada no domingo (29) pela imprensa sobre a falta de apoio de Ciro Gomes (PDT) à candidatura de Fernando Haddad, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, limitou-se a dizer que “cada um tem a sua consciência”.
“A postura dele foi insuficiente e ajudou a chegar no resultado que chegamos”, disse o deputado estadual eleito Emídio de Souza (PT-SP), um dos coordenadores da campanha do PT ao Planalto. “Ele fez isso porque quer liderar a oposição no Brasil e porque quer ser candidato a presidente em 2022. Acho que o Ciro colocou o interesse pessoal, particular e político, que é legítimo, na frente dos interesses do País.”
Emídio de Souza disse ainda que hoje Haddad “é o brasileiro mais credenciado para liderar a oposição no Brasil”.
Para outro aliado, o ex-deputado Márcio Macedo (PT-SE), Ciro pensou apenas em si mesmo. “Acho que o Ciro perdeu a oportunidade de se consolidar como uma liderança política desse campo de esquerda democrático. Foi egocêntrico e pensou em 2022”, afirmou.