Artistas ditos de “esquerda”, “antibolsonaristas”, estão pressionando colegas acima e abaixo na hierarquia na Globo a se recusar a trabalhar ou deixar de convidar ex-colegas que declararam apoio ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
O colunista Ricardo Feltrin informa que atores e atrizes que estão sendo chamados para as próximas produções da emissora, por exemplo, exigem saber antes quem serão os colegas de elenco. Dizem que não querem contracenar com “fascistas”.
Na área de shows, Márcio Garcia está no olho do furacão no Projac, desde que apareceu em foto beijando o então candidato do PSL.
Se o “Tamanho Família” tiver nova temporada em 2019, sua produção terá bastante dificuldade em conseguir convidados na casa. Mas a pressão é para que o programa acabe.
Os “antibolsonaristas” também têm feito lobby para que programas de auditório e de musicais da Globo não convidem mais Gusttavo Lima, Marília Mendonça, Zezé Di Camargo, Ferrugem, Jammil, Eduardo Costa, Tati Zaqui, Latino e até a cantora gospel Ana Paula Valadão.
Feltrin lembra que, historicamente, a Globo nunca discriminou ou deixou de convidar artistas por causa de suas posições políticas. Porém, jamais houve uma “racha” semelhante em seu elenco.