O general Augusto Heleno informou nesta quarta-feira (7) que assumirá o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Havia dúvidas se ele iria assumir o Ministério da Defesa ou o GSI. Mas, nesta quarta, após encontro com o presidente eleito na sede da Aeronáutica ele confirmou a jornalistas que vai para o GSI.
Nesta terça-feira (6), Jair Bolsonaro afirmou que preferia o general Augusto Heleno como ministro do GSI do que como ministro da Defesa. O presidente eleito já tinha anunciado o general como ministro da Defesa.
O GSI, atualmente comandado pelo general Sérgio Etchegoyen, é o ministério responsável pela coordenação da área de inteligência do governo, ao qual está subordinada a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Cabe ao GSI, por exemplo, acompanhar questões com “potencial de risco” à estabilidade institucional, fazer a segurança pessoal do presidente da República e prevenir crises. O gabinete fica dentro do Palácio do Planalto, em Brasília.
Forças Armadas – Na terça (06), Bolsonaro disse que, “no que depender dele”, o general da reserva Augusto Heleno não iria para o Ministério da Defesa, como ele havia anunciado antes, mas para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
O presidente eleito, em um gesto simbólico, fez questão de dedicar boa parte de sua agenda do primeiro dia em Brasília após a eleição a encontros com representantes das Forças Armadas, começando por um almoço com o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna. Na saída, avisou que “os militares terão lugar de destaque” no seu governo.
Com esta mudança de planos da Defesa, Bolsonaro terá que redesenhar o xadrez da cúpula militar. Um dos nomes que surgiu para assumir o Ministério foi o do comandante da Marinha, almirante Eduardo Leal Ferreira. Há quem defenda que o próprio general Silva e Luna permaneça no cargo. Mas, ao sair do encontro com o almirante Leal Ferreira, Bolsonaro, em entrevista, confirmou que quer o general Heleno no “núcleo duro” do Planalto, e declarou que não colocará um civil na pasta, que continuará com um oficial-general.
Em seguida, deu sinais de que está pensando em iniciar uma nova estratégia para o comando da pasta, promovendo rodízios de forças. “A Defesa aqui vai ser um quatro-estrelas, pode ser até alguém da Marinha, já que eu estou aqui. Se o general Heleno for pro GSI, acho que a Marinha seria muito bem representada, para dizer que vamos dar espaço pra todas as forças”, disse Bolsonaro, que disse ainda que todos os nomes que têm escolhido “são de pessoas competentes” e brincou dizendo que até agora não viu “ninguém reclamar”.