O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (08) que advogados dos deputados estaduais fluminenses presos vazaram informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a movimentação atÃpica de R$ 1,23 milhão, entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017, de FabrÃcio Queiroz, ex-funcionário do gabinete de seu filho, o deputado estadual e senador eleito, Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
As informações foram divulgadas esta semana pelo jornal O Estado de São Paulo e incluem depósitos na conta de sua mulher, Michelle Bolsonaro que o presidente justificou como pagamento de um empréstimo.
“Pente fino do Coaf foi feito no inÃcio do ano. Foram advogados que vazaram isso agora para tentar desviar o foco da atenção, deles para o meu filho”, acusou.
Bolsonaro disse que o dinheiro na conta de sua mulher foi feito em pagamento ao empréstimo feito ao ex-funcionário e que não depositou na própria conta porque não costuma ir a banco. “Foi na (conta) da minha esposa, pode considerar na minha. Só não foi na minha por uma questão de mobilidade”, disse Bolsonaro. “Ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal”, completou, reafirmando ter recebido dez cheques de R$ 4 mil.
O presidente eleito declarou que ainda não conversou nem com o filho nem com Queiroz sobre o caso, mas afirmou que Flávio não está sendo investigado e que o Coaf fez apuração de todos os funcionários da Alerj. Ele confirmou não ter declarado o empréstimo ao Imposto de Renda (IR) porque foram se avolumando.
“Se errei, arco com minhas responsabilidades com o Fisco”, disse. “O próprio Coaf diz que movimentação atÃpica não é afirmação de que haja irregularidades”,
COAF: https://t.co/YyEyMmHJ1Y
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 8 de dezembro de 2018