A juíza Simone de Faria Ferraz, da 16ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, aceitou nesta terça-feira (11) uma denúncia de calúnia e difamação feita pelo governador eleito de São Paulo João Doria (PSDB) contra o presidenciável derrotado Ciro Gomes (PDT).
A ação é referente a declarações dadas por Ciro em uma palestra na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) em maio de 2017, quando João Doria ainda era prefeito de São Paulo.
“Doria é um farsante. (…) Toda a fortuna dele vem de ‘lobby’. ‘Lobby’, tráfico de influência e dinheiro público dos governos do PSDB de São Paulo e de Minas Gerais. Esses piqueniques de barão que ele promove tudo é financiado por dinheiro público e dá banca pra ele fazer ‘lobby’. (…). O cara se apresentar como não político. Eu era prefeito de Fortaleza e ele era presidente da Embratur e foi corrido de lá por corrupção”, afirmou Ciro na ocasião.
Segundo a queixa apresentada pelos advogados de Doria, as afirmações “extrapolam em muito o seu direito à liberdade de expressão e manifestação de pensamento, pois atacam frontalmente a honra do querelante, seu nome e sua imagem”.
A acusação diz ainda que ações foram movidas em outros estados, pois Doria estaria há aproximadamente cinco meses vendo “seu nome e sua honra sendo enxovalhados pelo ex-governador do Ceará”, que teria se valido “das oportunidades em que lhe é dada a fala em palestras, reuniões públicas e, até mesmo, entrevistas em veículos de comunicação, para desferir ofensas à pessoa do querelante”.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa de Ciro Gomes afirmou que sua defesa ainda não foi notificada e que, portanto, não comentará o caso.