25 de novembro de 2024
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Bolsa bate recorde no 1º pregão do ano e dólar cai a R$ 3,81

Bolsa bate recorde no 1º pregão do ano e dólar cai a R$ 3,81

Os investidores começaram o ano com otimismo em relação ao novo governo do presidente Jair Bolsonaro. Nesta quarta-feira (02), no primeiro pregão de 2019, o Ibovespa disparou e fechou com ganho de 3,56% aos 91.012 pontos, novo recorde de pontuação. No melhor momento do dia, o Ibovespa alcançou 91.478 pontos, também maior nível já registrado durante um pregão. O recorde anterior do Ibovespa, de 89.820 pontos, foi registrado em 3 de dezembro passado. O volume negociado chegou a R$ 14 bilhões.

Já o dólar comercial recuou 1,70% e fechou negociado a R$ 3,81. Para analistas de mercado entrevistados pelo jornal O Globo, os discursos da nova equipe de governo animaram as compras na Bolsa e fizeram o dólar recuar frente ao real. Agora, os investidores, especialmente os estrangeiros, esperam a concretização das medidas propostas.

“Enquanto no exterior aumentou o temor de que a economia global vai crescer menos em 2019, por aqui o clima foi de euforia com o novo governo. A expectativa é que um projeto de reforma da Previdência seja encaminhando logo no Congresso, que a equipe econômica reduza o custo Brasil e leve adiante um projeto de reforma Tributária. Tudo isso fez o mercado se antecipar e a Bolsa subir com força na contramão do mercado externo”, avaliou Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

O Ibovespa foi puxado pela alta das ações da Eletrobras . As ações ordinárias da estatal subiram 20,72% a R$ 22,25, enquanto os papéis PNB avançaram 13,77% a R$ 32,05. Os papéis dispararam após o novo ministro de Minas e Energia ter dito que pretende avançar no processo de capitalização da companhia.

Para o analista Gabriel Francisco, da XP Investimentos, o Brasil neste primeiro dia útil de 2019 foi o destaque positivo do mercado financeiro internacional, com os discursos da equipe do novo governo seguiram na linha do que o mercado esperava.

O ministro Paulo Guedes, por exemplo, ressaltou que a despesa da Previdência é o primeiro e maior desafio a ser enfrentado. Guedes afirmou que a Previdência Social, as privatizações e a simplificação de tributos são os “pilares da nova gestão”.

“E o novo ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, afirmou que a prioridade é a capitalização da Eletrobras, o que fez disparar as ações da empresa. Além disso, o PSL fechou acordo para a reeleição de Rodrigo Maia à presidência da Câmara dos Deputados, o que mostra que o governo está se movimentando para se articular e construir uma base de apoio no Congresso para aprovar as reformas. A notícia de que o ministro da economia, Paulo Guedes, já tem um projeto para corrigir alguns pontos da Previdência via MP também é positiva”, destaca Francisco.

Com isso, diz o analista, abre-se um ‘ciclo Brasil’ positivo, que beneficia ações de bancos e varejo, por exemplo.

“Se o governo conseguir demonstrar que vai avançar nesta agenda positiva, tem possibilidade de entrada novamente do investidor estrangeiro, que no ano passado não foi o mais ativo na Bolsa”, observa o analista.

Os papéis de bancos, que têm peso importante no índice, também tiveram alta expressiva, já que fazem parte do chamado ‘ciclo Brasil’, ações que serão beneficiados com as reformas estruturais e retomada do crescimento da economia. As ações preferenciais do Bradesco avançaram 4,86% a R$ 40,53, enquanto as preferenciais do Itaú Unibanco ganharam 4,31% a R$ 37,01.

Já os papéis preferenciais da Petrobras subiram 5,82% a R$ 24,00, enquanto os ordinários avançaram 4,88% a R$ 26,4, beneficiados pela alta do petróleo no exterior.

“O dia começou com o preço do petróleo caindo, mas houve uma reviravolta e o valor subiu cerca de 2%. Essa mudança impactou as bolsas europeias, que fecharam no azul, e animou os investidores por aqui”, explicou Pedro Guilherme Lima, analista da Ativa Investimentos.

Até mesmo as ações da fabricante de armas Forjas Taurus subiram com força em meio a expectativa de liberação do porte de armas sinalizada pelo governo de Jair Bolsonaro. Os papeis da empresa, embora não façam parte do Ibovespa, ficaram entre as maiores altas da Bolsa. As preferenciais da Taurus dispararam 39,50% a R$ 5,65, enquanto as ordinárias saltaram 46,76% a R$ 7,03.




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