A paralisação do atendimento dos médicos anestesistas pelo Planserv completou 25 dias nesta quinta-feira (31). A categoria reivindica reajuste nos valores pagos pelo plano, o que segundo eles não ocorre desde 2015.
Desde que a paralisação começou, em 7 de janeiro, 500 mil beneficiários estão sem atendimento de anestesistas, em todo o estado. Os profissionais só estão atendendo pelo Planserv os casos de urgência e emergência.
Na última quarta-feira (30), Planserv e anestesistas participaram de uma reunião, mas não entraram em acordo.
Segundo Adriano Argones, assessor jurídico da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas (Coopanest-BA), o Planserv não apresentou nenhuma proposta na reunião.
“O Planserv insiste que não tem interesse em manter o contrato com a Coopanest e, portanto, não levou nenhuma proposta de preços. Diante disso, não resta outra alternativa aos médicos anestesistas, senão cobrar os honorários médicos diretamente aos pacientes, para que estes, em seguida, busquem o reembolso do Planserv”, disse Argones.
O assessor jurídico da Coopanest-BA diz que o valor pleiteado pela cooperativa é inferior a qualquer outro contrato que eles possuem com as outras operadoras de planos de saúde.
“É inferior inclusive a uma tabela de referência, que é a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Nós solicitamos aos médicos anestesistas, há um entendimento comum, eles sabem das dificuldades que os usuários do Planserv têm, então há um entendimento comum no sentido de que os valores que sejam cobrados sejam valores módicos, razoáveis, e que não supere a proposta que foi apresentada ao Planserv”, afirmou.
Em nota, o Planserv afirmou que nenhum beneficiário deve pagar por serviços de anestesia e que, caso seja cobrado por isso, não deve efetuar o pagamento. Além disso, deve comunicar o caso ao plano, imediatamente, através do call center de número 0800 56 6066. O Planserv ainda diz na nota que sua relação é com os prestadores – laboratórios, clínicas, hospitais -, e que permanecerá em tratativas para assegurar a prestação plena e regular dos serviços.