26 de novembro de 2024
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Venezuela tem 170 deserções de militares em três dias

Venezuela tem 170 deserções de militares em três dias

Ao menos mais quatro oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) desertaram segunda-feira (25), da Venezuela para o Brasil, o que elevou para sete o número de militares que abandonaram o governo do presidente Nicolás Maduro desde os confrontos de sábado na fronteira entre os dois países. Todos querem se juntar aos 167 oficiais que deixaram seus postos na fronteira com a Colômbia. Eles servem como sargentos e se colocaram à disposição do líder opositor, Juan Guaidó, para derrubar Maduro à força.

Entre a tarde de domingo (24), e a noite de segunda-feira, chegaram ao Brasil José Alexander Sanguino Escalante, Jose Antonio Moreno Peñaloza, Orlando Abimelec Villazana Arevalo e Luis Eduardo González Laya. Eles se somaram aos sargentos Carlos Eduardo Zapata, Jean Carlos Cesar Parra e Jorge Luis González Romero, que vieram na madrugada anterior.

Os quatro chegaram por trilhas na vegetação rasteira, conhecida na região como “lavrado”, e foram encontrados por uma patrulha do Exército que fazia inspeções de rotina na fronteira. Um deles apresentava sinais de desidratação, com enrijecimento muscular.

Armas – Um vídeo divulgado nas redes sociais sobre a deserção dos sargentos da GNB mostra o sargento Escalante sofrendo espasmos e aparentemente ferido. À imprensa em Pacaraima, ele disse que sofreu desidratação e falta de potássio, mas não estava ferido.

“Vamos a Boa Vista e queremos o apoio do presidente interino Juan Guaidó para chegar a Cúcuta e nos reunir com os companheiros que desertaram (na Colômbia)”, disse o sargento Escalante. Questionado se estaria disposto a agir militarmente contra o regime de Maduro, o desertor respondeu que sim.

José Antonio Moreno Peñaloza garantiu que pretende ir a Cúcuta se juntar aos outros militares que romperam com o governo. “Há maneiras de agir (militarmente) em Cúcuta e é por isso que pretendemos ir para lá”, afirmou. “Não somos animais de carga do chavismo. Não somos assassinos e não queremos ficar marcados na história como assassinos. Eles querem que ataquemos o povo.”

“Nos quartéis militares, não há comida. Não há colchões”, afirmou outro sargento, Carlos Eduardo Zapata, que foi um dos três primeiros desertores que chegaram ao Brasil.




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