O treinador Roger Machado, 43 anos, concedeu sua primeira entrevista coletiva como treinador do Bahia na manhã desta sexta-feira (05), na sala de imprensa do Fazendão. Ele foi apresentado por Diego Cerri, diretor de futebol, que fez elogios ao novo comandante e explicou porque o clube optou por fazer um contrato longo, até o fim de 2020.
Cerri fez questão de elogiar o trabalho de Enderson Moreira e afirmou que o novo treinador não encontra um cenário de “terra arrasada”.
“O Roger chega com contrato até o fim de 2020. Sempre nessa linha de procurar dar uma estabilidade para o treinador e comando técnico, estabilidade para o clube como um todo […] Houve um trabalho antes do Roger que foi bem desenvolvido. Talvez poderíamos colher mais resultados, embora estejamos na final do Baiano e disputando na terceira fase da Copa do Brasil. Ano passado tivemos muitos resultados e acima dos resultados tivemos trabalho desenvolvido com muita seriedade. Roger chega para colocar a cara dele, aprimorar o que tem ele acha que ser feito, modificar e colocar jogar do jeito que ele acredita e dar continuidade. Ele não encontra um clima de terra arrasada, de crise grande, mas sim que o resultado não aconteceu e procurarmos manter a estabilidade até quando foi possível”, afirmou.
Com a palavra, Roger Machado seguiu a mesma linha de Cerri ao elogiar o trabalho do seu antecessor. Em sua opinião, Enderson deixa um trabalho bem desenvolvido e com um “campo fértil” para trabalhar, inclusive no quesito tático.
“No futebol brasileiro dificilmente você faz um trabalho sozinho. Sempre você chega e faz um trabalho de muitas mãos. O que quer dizer isso? Quando me ofereceram a oportunidade no Grêmio, o Felipão havia saído do clube. Mas quando cheguei naquele ambiente, a instabilidade gerada e apontada nos maus resultados talvez tenha acontecido por ter experimentado muitos jovens. A instabilidade o tirou do cargo, mas me deu a oportunidade de chegar sabendo quais jogadores poderia usar e que resposta teria. Chego na saída do Enderson afirmando que chego com campo fértil. Também recebo um material humano, estrutura tática bem montada, que permite dar continuidade colocando o que entendo que seja correto. Precisamos da compreensão de todos. Sabemos que o torcedor é apaixonado pelo clube, por isso a instabilidade em campo gera pressão no comando diretivo e as vezes opta por trocas. Espero que as vitórias balizem nossa continuidade”, disse Roger.
Em seu primeiro treino, que aconteceu pouco antes da coletiva, Roger já deu o cartão de visitas: um trabalho intenso, focado na troca de passes e movimentação para se desmarcar do adversário. Até os goleiros foram estimulados a trabalhar bastante com os pés.
Foto: Felipe Oliveira/E.C.Bahia