Na delação que originou a investigação sobre Zeca Dirceu, o ex-diretor da Odebrecht Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis disse que resolveu fazer doações eleitorais ao deputado “com o objetivo de neutralizar” o pai, José Dirceu.
Em depoimento, Marcelo Odebrecht confirmou ter designado o ex-diretor para buscar aproximação com Dirceu, “como forma de evitar possíveis prejuízos a seus interesses empresariais”.
Em 2010 e 2014, a empresa doou R$ 250 mil para as campanhas de Zeca, a pedido de Dirceu, que teria mencionado dificuldades financeiras na campanha em encontro com Fernando Luiz.
Na investigação, o MPF identificou mais R$ 13 milhões repassados a “Guerrilheiro”, codinome usado pelos executivos para identificar Dirceu, como mostramos mais cedo.
No fim de março, seguindo entendimento do plenário do STF, Edson Fachin enviou o caso para a primeira instância da Justiça Eleitoral, por haver indícios de caixa 2.