27 de novembro de 2024
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Professores da Uneb decidem pela continuidade da greve

Professores da Uneb decidem pela continuidade da greve

A greve dos professores da Uneb continua e serão intensificadas as estratégias de mobilização e protesto. Esses foram os principais encaminhamentos aprovados na assembleia da categoria, realizada na tarde desta quarta-feira (10), no campus de Salvador.

Os docentes demonstraram indignação com as posturas tomadas pelo governo do estado nesse início de greve, que vem tentando confundir informações e colocar a opinião pública contra os professores.

Durante a assembleia, a coordenadora da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), Ronalda Barreto, fez o repasse de uma reunião ocorrida, nesta manhã, entre as representações docentes, deputados da Assembleia Legislativa e representante da Secretaria de Relações Institucionais. Embora não tenham apresentado nenhuma proposta concreta, os políticos acenaram com a possibilidade de serem os mediadores entre o movimento grevista e o governo. Já os docentes demonstraram disposição ao diálogo, porém, defenderam a manutenção da paralisação até que as negociações sejam realizadas e a pauta de reivindicações atendida.

Entre os fatos que aumentaram a indignação dos professores está a informação, divulgada na terça-feira (09), de que o governador faria a “liberação imediata” de R$ 36 milhões para ser repartido entre as quatro instituições de ensino. De acordo com a Aduneb, o orçamento em questão não significa um acréscimo, mas apenas a antecipação de um recurso que já pertencia à Uneb e está previsto no atual orçamento. Portanto, a ação não dialoga com a pauta da categoria docente.

Folha de pagamento – O governo também divulgou que, nos últimos quatro anos, houve um crescimento da folha de pagamento dos servidores em 19,35%. Mas os professores reafirmam que o último aumento real, ou seja, acima da inflação, ocorreu apenas em 2013. Já o pagamento da recomposição da inflação é negado aos servidores públicos desde 2016, que, acumulado, causa uma corrosão dos salários dos docentes, superando os 25%. O percentual informado pelo governo é decorrente apenas dos incentivos de pós-graduação (um direito da categoria) e, resultantes de vagas por falecimentos, aposentadorias ou exonerações que foram usadas para as poucas promoções.

Direitos trabalhistas – Um dos principais problemas enfrentados pelos docentes das universidades estaduais da Bahia, segundo a Aduneb, é o desrespeito aos direitos trabalhistas. Apenas na Uneb cerca de 400 professores aguardam há pelo menos dois anos em uma fila de espera. Possuem todos os requisitos necessários, tem a garantia da lei, mas a Secretaria de Administração nega a implantação.

Foto: Divulgação




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