O grupo colombiano Avianca confirmou nesta terça-feira (14) ao Broadcast, sistema de notÃcias em tempo real do Grupo Estado, que avalia atualmente opções com outras empresas aéreas da região para continuar servindo o mercado brasileiro.
A empresa diz ainda que lamenta a situação da Avianca Brasil – que é chamada de Ocean Air pelo grupo – e que não está abandonando a filial brasileira. “Não é correta (a avaliação de abandono). Nosso interesse e compromisso é com o passageiro”, diz a companhia em nota.
Mais cedo, o Broadcast informou que o grupo colombiano já monta a nova estrutura do grupo prevendo o fim das operações da filial brasileira. Nesse esforço, a companhia iniciou conversas preliminares com Azul, Gol e Latam para novos acordos de compartilhamento de voos entre aeroportos do Brasil para conexões ao exterior.
Após a Avianca Brasil ter perdido mais de 50 aviões nos últimos meses por falta de pagamento às empresas de arrendamento, executivos do grupo começaram a estruturar a nova operação brasileira da chamada Avianca Airlines, o grupo da Colômbia e filiais na América Latina, já sem o braço brasileiro. A medida é encarada por executivos do setor aéreo como, simbolicamente, uma pá de cal na remota hipótese de sobrevivência da marca no Brasil.
O compartilhamento de voos com Azul, Gol e Latam, segundo pessoas próximas à s negociações, permitirá que um brasileiro voe em trecho doméstico por concorrentes para, então, embarcar em avião da Avianca Airlines rumo ao exterior. A intenção da colombiana é fechar esses contratos no segundo semestre. Atualmente, todos os compartilhamentos de voos do grupo no PaÃs são com a Avianca Brasil.
O grupo colombiano quer ainda construir uma estrutura comercial no Brasil para a venda de bilhetes internacionais. Atualmente, a marca mãe tem voos diretos para Bogotá e Lima, que seguem normalmente. Diante da imagem arranhada da marca no Brasil, a busca por esses voos diminuiu sensivelmente.
Vendas – Operados pela Avianca Colômbia e Peru, os trechos são vendidos pela Avianca Brasil. Com a crise local, o grupo corre para montar uma equipe própria em São Paulo.
Outra frente de mobilização é na operação. Todo o pessoal de solo é formado por funcionários da Avianca Brasil. Com salários atrasados e risco de a empresa fechar, o grupo colombiano começou a negociar com empresas terceirizadas para o recebimento os passageiros nos aeroportos no Brasil.
O grupo colombiano Avianca segue operando normalmente, mas não vive momento de bonança e, recentemente, anunciou a redução das operações. Em março, a empresa comunicou o fim dos voos para Chicago e Boston, além da redução de frequências para Nova York a partir de capitais latino-americanas. A empresa explicou a decisão como uma estratégia para aumentar sua lucratividade.
Além disso, a Avianca Colômbia reduziu o pedido de aviões à europeia Airbus para os próximos anos. Dos modelos que seguem no pedido, a empresa solicitou à fabricante dos jatos o adiamento da entrega dos modelos em alguns anos.
O grupo colombiano confirmou, em nota, que avalia opções com outras empresas aéreas da região para continuar servindo o mercado brasileiro. A empresa diz ainda que não está abandonando a filial brasileira. “Não é correta (a avaliação de abandono). Nosso interesse e compromisso é com o passageiro”, escreveu a companhia. Gol, Azul e Latam não responderam aos pedidos de entrevista.