Com a presença de Jair Bolsonaro, presidente da República, e de João Doria, governador do Estado de São Paulo, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) assinou nesta quarta-feira (19) com a Caixa Econômica Federal um termo de compromisso para promover a ação esportiva para 550 crianças com deficiência de 10 a 17 anos. No novo acordo, foi criado um vínculo para a inclusão social.
“É um incentivo extraordinário para o Centro Paralímpico, um investimento para o Brasil. A iniciação esportiva será para alunos das redes públicas municipal e estadual”, comentou Doria, ciente de que as modalidades oferecidas são atletismo, natação, judô, futebol de 5, vôlei sentado, bocha, goalball e tênis de mesa. No projeto, as crianças receberão o material esportivo necessário, lanches, transporte e terão professores qualificados.
O CPB vai receber R$ 10 milhões até 2023 para realizar esse projeto, que consiste ainda em batizar o Centro de Treinamento com o nome do banco, que adquiriu os “naming rights” do local. O espaço, um dos mais modernos do País para o treinamento de atletas de elite, se chamará CT Paraolímpico Caixa.
Com o acordo, o CPB passa a ter dois contratos de patrocínio com a Caixa: este novo, que ainda precisa ser fechado (mas os termos já estão colocados na mesa e as partes estão em concordância), e o que foi firmado em 2017 e vai até o fim de 2020, que consiste no recebimento de R$ 95 milhões por quatro anos.
“Esse evento é a prova de que o esporte paraolímpico vai se consolidando como política de Estado. Não falta motivo para celebrar. O CT tem se transformado na casa da inclusão e tem sido a base para a capacitação dos profissionais do esporte. Com essa ampliação da nossa parceria com a Caixa vamos poder desenvolver mais centros de formação e levaremos esse projeto para outras cidades do Brasil”, comentou Mizael Conrado, presidente do CPB.
Apesar do fortalecimento da parceria entre CPB e Caixa, a atual gestão do banco não deve ampliar o patrocínio esportivo em outras entidades. Ainda existem contratos com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), além da Liga Nacional de Basquete (LNB) e da Liga de Basquete Feminino (LBF), mas a tendência é que ao final dos termos os vínculos não sejam renovados, ou tenham seus valores diminuídos.
A CBAt tem um contrato de R$ 60 milhões por quatro anos, de 2017 a 2020. A CBG possui pelo mesmo período, mas o valor é três vezes menor, de R$ 20 milhões. Já a LNB tem um acordo de março de 2016 a março de 2020 por R$ 22 milhões no total, enquanto a LBF tem um acerto de R$ 10 milhões também até essa data.
“O que vamos fazer é o patrocínio no Brasil inteiro, no interior, nos 27 Estados, porque a Caixa é o banco do povo”, explicou Pedro Guimarães, presidente da Caixa, bastante emocionado e chorando ao contar sua história. Ele pediu para que a primeira dama Michelle Bolsonaro fizesse um anúncio. “A Caixa fará a contratação de 2 mil pessoas com deficiência em todo Brasil”, afirmou ela.
Foto: Marcos Corrêa/PR