A Previdência de servidores dos estados registrou um rombo de R$ 101 bilhões em 2018. Foi esse o valor que, juntos, os governos estaduais tiveram que desembolsar para cobrir o déficit previdenciário de todos os Poderes locais. O número é 8% maior que o contabilizado em 2017, quando o buraco foi de R$ 93,4 bilhões.
O maior rombo entre os estados foi registrado em São Paulo , com déficit de R$ 24 bilhões. O Rio de Janeiro tem um buraco de R$ 12,3 bilhões nas aposentadorias dos servidores.
Os estados, assim como os municípios, chegaram a ser incluídos no texto original da reforma da Previdência aprovada na Câmara este mês. Os governos regionais, porém, foram retirados do texto durante a tramitação da proposta.
Agora, governadores e prefeitos podem ser incluídos na reforma durante a votação no Senado. Mas esse trecho precisará voltar para analise dos deputados. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado começa a discutir a reforma da Previdência nesta quarta-feira.
Os dados do rombo fiscal dos estados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro Nacional, em um boletim que traça uma radiografia detalhada das finanças estaduais e municipais.
De acordo com o documento, com o aumento das despesas com folha de pagamento de ativos e inativos, 12 estados descumpriram o limite de gastos com pessoal estabelecidos na lei, no ano passado.
“Tal crescimento é indício do problema da insustentabilidade dos regimes de previdência estaduais, tendo em vista o consumo cada vez maior de recursos financeiros, que poderiam estar sendo direcionados para atender e ampliar os serviços básicos exigidos pela sociedade”, destaca o relatório.