Dois dias depois do sequestro do ônibus no Rio de Janeiro, o Governador Wilson Witzel participou nesta quinta-feira, 22, da abertura do Simpósio Nacional de Combate À Corrupção, em Salvador. O gestor apontou a estrutura da polícia despolitizada, a reestruturação e a desburocratização da Polícia Civil e Militar, como algumas das diretrizes de combate à corrupção fundamentais em seu governo.
O gestor afirmou que foi procurado por deputados e prefeitos para indicar comandantes para o Batalhão da PM, algo que não foi aceito por ele. Para Witzel, a polícia precisa ser isenta, sem interferências para trazer resultados. “Estamos despolitizando a estrutura da Polícia Militar e da Polícia Civil no estado do Rio de Janeiro.
O Governador afirma que a reestruturação e a união entre as polícias são fundamentais para o combate ao crime. “A reestruturação da Polícia Civil em criar um departamento de combate à lavagem de dinheiro, ao crime organizado e ao tráfico de armas e de drogas, e que trabalhe em parceria com a Polícia Federal, cria condições para asfixiar aquela irrigação financeira do tráfico de drogas”.
A outra questão está ligada a desburocratização, que permite mais autonomia para polícia, dando mais agilidade no processo criminal. “Que a Polícia Militar seja porta de acesso ao sistema criminal, especialmente na lavratura do flagrante, porque os boletins de ocorrência e os flagrantes, eles são a porta de acesso para polícia”.
O governador encerrou sua participação com um decreto estadual que cria um programa de integridade para ser aplicado no Rio de Janeiro. Ele afirmou que o Controlador Geral do Estado, Bernardo Barbosa, fez um estudo aprofundado para elaborar o decreto.
“Estou assinando aqui, considerando a necessidade de políticas coordenadas e eficazes contra corrupção, que promovam a participação da sociedade e reflitam os princípios da necessidade de direito, as devidas gestões dos bens públicos da integridade e transparência”, finalizou.