O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (23) e oferecido ajuda sobre as queimadas na Amazônia.
“Nossas perspectivas comerciais futuras são muito empolgantes e nosso relacionamento é forte, talvez mais forte do que nunca. Eu disse a ele que, se os Estados Unidos puderem ajudar com os incêndios na Floresta Amazônica, estamos prontos para ajudar!”, escreveu Trump, no Twitter, sem detalhar como a ajuda aconteceria.
Os Estados Unidos ainda se comprometeram a responder que a Amazônia só deve ser discutida com a presença e a participação ativa do Brasil. Isso caso Macron aborde o assunto no G-7. Trump tem se mantido em lado oposto aos europeus no debate de proteção ambiental. Ele retirou os EUA do Acordo de Paris – convênio global que prevê esforços para conter o aquecimento global – e, em junho, no G-20, mais uma vez se manteve isolado diante da renovação de compromisso dos demais países em tomar medidas para conter a mudança climática.
A defesa tem uma conversa só com presença do Brasil também teria sido defendida pelo premiê da Espanha, Pedro Sánchez. Ele teria dado apoio a Bolsonaro em telefonema. O brasileiro ainda ligou para o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que também teria apoiado.
Mais cedo, fonte do alto escalão do governo afirmou que os Estados Unidos “estão preocupados com o impacto dos incêndios na Amazônia nas comunidades, na biodiversidade e nos recursos naturais do Brasil e da região”. Oficialmente, o Departamento de Estado informou não ter sido procurado, “mas continua trabalhando com o Brasil no aumento do investimento em florestas saudáveis”.
Segundo apurou o Estado, a gestão Bolsonaro vai chamar o embaixador francês no Brasil em razão dos ataques de Macron. O gesto de convocar o representante é simbólico e demonstra total insatisfação com a França.