O presidente Jair Bolsonaro foi ungido neste domingo (01) pelo bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, em culto evangélico ocorrido no Templo de Salomão, no Brás, região central da capital paulista.
O culto começou por volta das 9h30 e, às 10h10, Macedo chamou Bolsonaro ao altar, para fazer uma oração pelo presidente. O bispo pediu também aos milhares de fiéis presentes que orassem juntos.
A pedido do bispo, Bolsonaro se ajoelhou diante do altar e de costas para os fiéis. Macedo, então, começou contando que, no passado, ele convidou para ir à igreja um outro candidato presidencial, que acabou virando presidente, mas que não foi possível levá-lo. O bispo não especificou a quem ele estava se referindo.
Em seguida, disse que, desta vez, Deus escolheu Bolsonaro para liderar 210 milhões de brasileiros. Pôs as duas mãos sobre a cabeça do presidente, com o óleo para a unção, e, enquanto uma música triunfal subia e milhares de pessoas sussurravam em orações, afirmou: “uso de toda a autoridade que me foi concedida por Deus para abençoar este homem, para lhe dar sabedoria, para que este país seja transformado, que faça um novo Brasil”.
Bolsonaro se levantou, os dois se abraçaram e o bispo disse que Deus está com ele, sendo aplaudido pelo público. A unção durou 5 minutos.
O presidente desceu do altar e Macedo começou a criticar a imprensa, dizendo que a “mídia toda” está contra ele e contra o presidente. “Vivenciamos o inferno da mídia, mas eu estou aqui e o presidente está lá. Ele (Bolsonaro) vai arrebentar lá, não porque sou eu, não porque é ele, é porque é o espírito de Deus”, disse.
Antes de chamar Bolsonaro, Macedo chegou a fazer uma comparação entre Deus e o presidente. O bispo disse que Deus honra aqueles que o honram e que, para honrar Deus, é preciso crer na palavra Dele. “Hoje nós estamos recebendo a presença do presidente Jair Bolsonaro e ele foi eleito porque acreditamos na palavra dele”, disse. “Aqueles que perderam a eleição foi porque nós não cremos na palavra deles. Sim ou não?, ele pergunta aos fiéis, que confirmam.
Depois de receber a unção, Bolsonaro deixou o culto para fazer uma visita guiada pela igreja.