Em mais uma importante reunião em Las Vegas (EUA), o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson Machado Neto, e o Presidente do Sands Las Vegas Corp, Sheldon Adelson, discutiram as vantagens de o Brasil criar um marco legal autorizando a instalação de cassinos atrelados a resorts no País.
Sheldon explicou que a legalização dos cassinos em resorts de Las Vegas, e nos Estados Unidos, mudou a cidade. Com o aumento do turismo, empregos foram gerados e influíram até em outros índices da cidade como combate a violência.
“É preciso deixar claro que esse modelo de Resorts com Cassinos é extremamente seguro. Há controle para que não haja vício no jogo, principalmente de pessoas com baixo rendimento. Singapura realizou essa abertura, controlada, há alguns anos e hoje colhe os bons frutos de sua decisão”, afirmou Sheldon, dono da maior empresa do ramo no mundo.
O Presidente da Embratur comentou que o Brasil está começando a entender melhor o modelo de resorts com cassinos. Ele relatou que o Congresso brasileiro já possui projetos para prevendo a autorização deste modelo e reforçou que o caso Singapura é um exemplo importante que torna o debate sobre a legalização ainda mais necessário.
“Há casos em Singapura de 99% de taxa de ocupação. Las Vegas é um outro exemplo positivo de como, controlado, o modelo resorts/cassino pode ser algo importante e merece ser debatido de maneira séria e transparente no Brasil”, ressaltou Gilson.
Investimento – Segundo a Associação Americana de Jogos, o setor gera 1.7 milhões de empregos, movimentando US$ 240 bilhões na economia do país, valor que sozinho é maior que toda a economia do Estado do Rio de Janeiro. O Sands Group informou ainda que ele tem interesse em investir no Brasil como fizeram na Ásia, os valores investidos poderiam chegar a 15 bilhões de dólares. Segundo Sheldon, seriam construídos além do cassino, centro de convenções e arenas para mais de 18 mil pessoas.
Rafael Luisi, Chefe da Assessoria de Gestão Estratégica da Embratur, afirmou que a autarquia participará do processo de discussão da aprovação, ou não, deste modelo no Congresso Nacional. “É a hora de definir e buscaremos subsidiar os parlamentares com as informações necessárias para uma tomada de decisão correta e que seja benéfica para a população brasileira e o setor do turismo”.