O Museu Frans Krajcberg que seria erguido no sítio onde ele viveu, em Nova Viçosa, no Extremo Sul da Bahia, não vai acontecer. O jornal Correio informa nesta terça-feira (17) que, embora o artista tenha feito a doação do seu acervo ao governo do estado com este objetivo, a equipe técnica do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) avaliou que o Sítio Natura não é adequado para abrigar as obras do artista e dará outro destino a área.
“Além do alto custo de manutenção para manter as obras lá, teríamos pouco retorno de público, então vamos sim preservar o sítio e a história do artista lá, mas sob a ótica da preservação ambiental, que norteou a carreira dele”, diz João Carlos Oliveira, diretor do IPAC.
De acordo com a publicação, a ideia do Governo do Estado é fazer parcerias com instituições, como o Projeto Tamar, já que o sítio está numa área de desova de tartarugas marinhas, de passagem de baleias, e criar ali um espaço de preservação ecológica que conte a história do artista.
“Ali é um espaço agressivo para o tipo de obra que Krjacberg fazia, com troncos de árvores mortos, queimados, então não tem como manter essas obras lá com segurança”, diz João Carlos.
Sobre o acervo de Krajcberg que está em poder do Estado, João Carlos Oliveira diz que este vai percorrer o Brasil e o mundo, durante quatro anos, numa exposição itinerante.
“Até a volta do acervo à Bahia, o governo do estado já terá definido onde as obras ficarão, provavelmente será na Região Metropolitana de Salvador”, diz o diretor do IPAC, que nomeou o arquiteto Robson Takeo Shishido para fiscalizar o contrato com a empresa encarregada de fazer os serviços de levantamento topográfico e planialtimétrico cadastral do Sítio Natura.
Foto: Divulgação