Ao som dos sambas “Santo Amaro É Uma Flor”, “Ijexá”, “Ilha de Maré” e “De Amor É Bom”, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Nelson Leal, recebeu nesta quarta-feira (25) os bambas do samba baiano Edil Pacheco, Walmir Lima, Lazinho do Banjo e Gabriela Lima, que vieram convidá-lo para as festividades da 47a comemoração do Dia Nacional do Samba, com homenagem a Jackson do Pandeiro e que será celebrado em 2 de dezembro, no Rio Vermelho, tendo como atração principal a cantora Maria Rita, filha de Elis Regina, além de sambistas baianos – inclusos Edil e Walmir – como Gal do Beco, Nelson Rufino, Juliana Ribeiro, Claudete Macedo, Firmino de Itapuã, entre outros.
“Foi uma das tardes mais iluminadas e felizes desde que assumi a presidência da Assembleia Legislativa, porque recebi representantes da nata do samba da Bahia e que têm uma história de luta pela preservação de nossa cultura e de nossas tradições. Adorei a roda-de-samba improvisada, vendo e ouvindo de perto ícones da música baiana, como Walmir, inteirinho aos 88 anos, e Edil, que possui um dos mais vastos repertórios de samba do Brasil, já tendo sido gravado por Chico Buarque, Dora Vergueiro, Clara Nunes, João Nogueira, Alcione, Beth Carvalho, entre tantos outros bambas”, destacou Leal.
O presidente garantiu participação na celebração do Dia do Samba e disse que vai trabalhar para criar uma rede de apoio aos sambistas da Bahia. “É uma obrigação nossa, como homens públicos, não deixar o samba morrer, porque a Bahia é o berço dessa manifestação mais autêntica da nossa música e da nossa dança. E um tributo a Jackson do Pandeiro tem que contar com o apoio de todo mundo”, disse o chefe do Legislativo, que também assumiu o compromisso de lançar, pelo Selo Alba Cultural, no ano que vem, a biografia do sambista Walmir Lima.
Edil Pacheco agradeceu pela manifestação calorosa de apoio do presidente da ALBA e disse que o samba da Bahia está mais vivo do que nunca. “A música ‘Santo Amaro É Uma Flor’, composição minha e de Walmir, está sendo incluída no novo cd de Alcione, depois de ter sido gravada pelo grupo mineiro Zé da Guiomar. Continuamos produzindo muito, embora haja mais uma valorização do samba no Rio e em outros estados, como São Paulo e Minas, do que na Bahia. Mas o samba nunca morrerá, porque está no sangue do brasileiro e do baiano. A baiana anda sambando”, brinca Edil, que é filho de Maragogipe.
Walmir Lima, filho de Carlos Lima, o saudoso maestro da Orquestra Bahia Serenaders, e pai da cantora Gabriela Lima – ela também presente na roda-de-samba, hoje, na ALBA – disse que ficou encantado com a receptividade do presidente Nelson Leal. “Não o conhecia pessoalmente, mas pelo brilho nos olhos a gente vê que ele ficou realmente encantado com a nossa música. Os homens públicos têm papel fundamental na manutenção da cultura e na preservação das nossas tradições. Espero que o presidente se torne um grande mecenas da arte baiana”, elogiou Walmir, nascido e criado no bairro do Tororó, em Salvador.
Foto: Divulgação/ALBA