30 de abril de 2024
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Criança que teve dinheiro de campanha desviado pelo pai morre em Minas Gerais

Criança que teve dinheiro de campanha desviado pelo pai morre em Minas Gerais

Diagnosticado com atrofia muscular espinhal (AME), o pequeno João Miguel morreu nesta quinta-feira (17), menos de duas semanas depois de completar 2 anos. O garoto teve uma campanha de arrecadação para tratar a doença, mas o valor levantado foi roubado pelo próprio pai, que acabou sendo preso em Salvador no mês de julho.

De acordo com o jornal Estado de Minas, João Miguel passou mal na madrugada na casa da família, em Conselheiro Lafaiete (MG). Ele foi levado pela mãe para ser atendido em Belo Horizonte, no Hospital Infantil João Paulo II, mas não resistiu e morreu.

“A mãe está muito abalada e não consegue explicar direito o que aconteceu. Toda a situação é muito triste”, afirma Vanessa Reis. O corpo será velado e sepultado em Conselheiro Lafaiete, mas ainda não há hora e data definidos.

Crime – Mateus Henrique Leroy Alves, 37 anos, foi preso em Salvador sob suspeita de desviar o dinheiro arrecadado na campanha. Foi ele mesmo quem iniciou o arrecadamento. O pai conseguiu levantar cerca de R$ 1 milhão que seria usado para comprar medicação para o bebê.

Contudo, embora o filho realmente seja doente, Mateus começou a usar o dinheiro para benefício próprio, sem preocupação com a saúde do filho, segundo denúncia recebida pela polícia mineira.

O caso teve muita repercussão na cidade mineira, com a campanha tendo participação de conselheiros tutelares e até políticos da região. O medicamento que o garoto filho de Mateus precisava, o Spinraza, tem custo aproximado de R$420 mil a dose. O valor arrecadado seria suficiente para uma etapa do tratamento.

Prostíbulo – De acordo com a polícia, Mateus pretendia usar o valor para manter uma vida de luxo e também estava prestes a abrir um prostíbulo na capital baiana. A ideia era montar um esquema de gerenciamento de garotas de programa.

“Ele fala que gastou cerca de R$ 600 mil. Ele efetivamente gastou, sendo que R$ 300 mil foram com farra com mulheres, com bebidas e com drogas. No momento da prisão, inclusive, ele estava com porções de maconha. E [com] o restante do dinheiro, ele alega que estava sendo extorquido”, contou à época o delegado Daniel Gomes.

Ao jornal Correio, a assessoria da Polícia Civil de Minas Gerais também explicou que o acusado já tinha investido cerca de R$ 50 mil numa casa de prostituição em Salvador e tinha a intenção de abrir um novo local. Além disso, Mateus levaria, aproximadamente, quatro garotas de programa de Belo Horizonte para trabalhar em Salvador.

A Polícia teve acesso às conversas entre Mateus e uma mulher, cuja identidade não foi divulgada, negociando sobre como seria o funcionamento da casa de prostituição em Salvador.

Foto: Reprodução




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