Neste sábado (23), às 17h, Flamengo e River Plate põem todas as suas credenciais em jogo e batalham pelo título da Copa Libertadores 2019 em Lima, no Peru, na primeira final única da história.
Pelo lado brasileiro, vencer o confronto significaria o esperado bicampeonato do torneio. E como é esperado: a primeira – e, até agora, única – taça da competição conquistada pelo Fla foi há 38 anos, no time que era comandado por Zico, Nunes, Júnior e outros. Aquela, até hoje, é apontada como a melhor equipe que o clube teve. Se conseguirem o esperado bi da Libertadores, Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e cia vão ficar marcados na história rubro-negra.
Já entre os argentinos, a espera é menor. Muito menor. O River é o atual campeão da competição continental, taça que foi faturada justamente em cima do arquirrival, o Boca Juniors. Nos últimos cinco anos, carimbou sua presença na final em três oportunidades e está em busca do pentacampeonato – além da edição de 2018, levou também os títulos de 1986, 1996 e 2015.
De semelhanças, os dois clubes estão na grande decisão graças a uma referência que não entra em campo: seus treinadores. Jorge Jesus, pelo Flamengo, e Marcelo Gallardo, pelo River, chegaram revolucionando as equipes.
Aos 65 anos, o português tem um jeito tão intenso à beira do gramado que já virou sua marca registrada – e que vem dando certo. Desde sua chegada, a equipe venceu 23 dos 33 jogos disputados, sempre jogando com a bola no pé. Pela Libertadores, o Fla foi quem mais trocou passes: 5.695 no total.
O gosto pela bola também é visto pelos argentinos do River de Gallardo. Terceiro do torneio no mesmo quesito, com 5.084 trocas de passes, o River virou uma máquina de títulos com a chegada do treinador de 43 anos. Foram 10 conquistas desde então, entre a Liberta, Sul-Americana e Recopa Sul-Americana. A fase é tão boa que ele foi especulado para o Barcelona.