O presidente Michel Temer pediu ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, para não dar novas declarações e ficar quieto depois das entrevistas polêmicas em que afirmou, entre outras coisas, que comandantes de batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro são “sócios do crime organizado do Rio”.
Temer quer aproveitar o feriado para baixar a temperatura do episódio a fim de conseguir ver o quadro desse episódio com maior clareza.
Nesta quinta-feira (2), o clima foi de ressaca no Palácio do Jaburu. Com quem conversou, Temer voltou a demonstrar perplexidade com as declarações. Mas não falou em nenhum momento da possibilidade de exonerar o ministro Torquato Jardim.
Segundo interlocutores próximos, a maior preocupação de Temer é de manter pontes com o governo do Rio de Janeiro depois do estresse desse episódio, para manter a parceria na área de segurança pública com o estado.
Diante disso, o governador Luiz Fernando Pezão foi informado de que a interlocução para essa parceria será feita preferencialmente com os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen.
Há o reconhecimento de Temer de que será difícil retomar o diálogo institucional entre Pezão e Torquato Jardim.