São 50 anos de sacerdócio marcados pela entrega total a Deus e ao próximo. Esta é a maneira mais simples para resumir o pastoreio do Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, que, há meio século, em 7 de dezembro de 1969, recebia a Ordenação Sacerdotal e se tornava “sacerdote para sempre”. Para celebrar este momento, o clero e os fiéis da Arquidiocese de Salvador se encontrarão no próximo sábado (7), na Catedral Basílica (Terreiro de Jesus), para a Missa em Ação de Graças pelo Jubileu de Ouro. A Celebração Eucarística terá início às 9h e será concelebrada por Arcebispos e bispos de outras dioceses do país.
Nascido na cidade de Brusque, em Santa Catarina, Dom Murilo sentiu o chamado à vocação sacerdotal ainda na infância quando, aos seis anos, viu o irmão mais velho, Marco Aurélio, arrumando a mala para ir ao seminário. Curioso, o pequeno Murilo perguntou: “o que é seminário?”. Após a resposta do irmão, ele pensou: “então, se eu for para o seminário, também ganharei uma mala”. “Claro que não se tratava de vocação, mas de um sinal que Deus colocava em meu caminho, para despertar em meu coração o interesse pelo sacerdócio”, recorda Dom Murilo.
O forte testemunho dos pais Oscar e Olga e o ambiente familiar religioso foram confirmando no coração o chamado ao sacerdócio. Aos 8 anos passou a ser coroinha na Matriz da Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque. Era neste templo que o menino ficava impressionado com os padres que celebravam as Missas. “Eles falavam com voz forte (mais tarde descobri que era por falta de serviço de som) e demonstravam estar convictos do que falavam. Tinham, realmente, um grande amor à Igreja. Pensei, então, em ser como eles”, revela.
Aos 12 anos o jovem Murilo tomou a decisão de ingressar no seminário da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, fundada pelo padre João Dehon, por isso os religiosos são chamados de Dehonianos. Entre 1956 e 1962 Murilo continuou e concluiu os estudos; em 1963 fez o Noviciado no Convento Nossa Senhora de Fátima, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina; e em 1964 retornou à cidade natal para iniciar o curso de Filosofia. Foi também neste ano, em 2 de fevereiro, que o então seminarista Murilo fez a primeira profissão religiosa.
Dois anos depois, em 1966, aconteceu a profissão perpétua e, neste mesmo ano, passou a cursar Teologia, em Taubaté, concluindo em 1969. Após este período de formação, aconteceu o momento mais especial: pelas mãos do então Arcebispo de Florianópolis, Dom Afonso Niehues, o o seminarista Murilo recebeu a Ordenação Sacerdotal em 7 de dezembro de 1969, na sua paróquia de origem, São Luiz Gonzaga, em Brusque. Começava ali uma longa caminhada de missão na vida da Igreja.
Texto e foto: Pascom/Arquidiocese de Salvador