26 de novembro de 2024
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Bahia exporta 12 toneladas de cacau fino para Bélgica e França

Bahia exporta 12 toneladas de cacau fino para Bélgica e França

Um contêiner com 12 toneladas de cacau fino, produzido no sul da Bahia, saiu nesta segunda-feira (20) do Porto de Salvador para uma viagem de 30 dias até Antuérpia, na Bélgica, cujo porto é entrada de vários produtos exportados do Brasil para a Europa.

O jornal Correio informa que o cacau foi importado pela Silco NV, empresa que atua na Europa com comércio de café, chás, cacau e especiarias, e realiza tanto a importação quando a exportação. Metade do cacau ficará na Bélgica e o restante seguirá para a França.

Detalhes sobre o valor da operação não foram revelados pelos três produtores envolvidos na negociação. Cada um deles tem um cliente diferente e exporta um tipo de cacau fino com características distintas. Seis das 12 toneladas são de cacau orgânico – que ficarão na Bélgica.

A negociação tem também ao menos três novidades: um é o volume exportado, que só foi possível depois que os produtores se uniram para dividir custos alfandegários – antes, a exportação era individual, por avião e em quantidades bem menores.

Também é a primeira vez que o cacau brasileiro tipo exportação leva na saca de 60 quilos um selo de indicação geográfica (IG), com a indicação de procedência “Sul da Bahia”.

Duas das 12 toneladas foram embarcadas com o selo IG. E as sacas dessas 2 toneladas foram ainda com uma etiqueta de QR Code, código de barras bidimensional onde é possível, com a leitura de uma câmara de celular, obter informações sobre a produção do cacau, desde o plantio ao ensacamento.

O dono dessas 2 toneladas de cacau fino com IG e QR Code é o produtor Henrique Almeida, 63, da fazenda Sagarana, em Coaraci, e também proprietário do chocolate Sagarana – ele ainda divide a propriedade do chocolate Gabriela com dois sócios.

Qualidade – No sul da Bahia, Almeida é um dos produtores que mais se dedicam à produção do cacau fino. Na fazenda Sagarana, de 60 hectares, 60% da produção é dedicada a esse tipo de cacau que se diferencia da amêndoa “normal” principalmente pelo aroma.

O cacau de Almeida será para produzir o chocolate “Maragnan Brésil”, da Chocolat Bonnat. “Há cinco anos que eles são meus clientes. O bom de agora é que consegui, ao se meaos outros produtores, dobrar minha capacidade de exportação”, diz.

Por meio da operação conjunta para exportação ele conseguiu também viabilizar um preço melhor que o de negociações anteriores, de US$ 8 o quilo do cacau. A perspectiva, agora, é aumentar o volume das exportações para até 10 contêineres nos próximos anos.




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