Na noite de domingo (01), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, havia celebrado o fim do motim dos PMs do estado, ressaltando a atuação do governo federal no estado.
“Recebo com satisfação a notícia sobre o fim da greve dos policiais no Ceará. O Gov Federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado. Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos”, escreveu o ministro.
Em resposta à publicação do ministro, Ciro Gomes, que é do Ceará e foi derrotado nas eleições presidenciais em 2018, atacou: “Aprende, Bolsonaro e seu capanga Moro: no Ceará está o seu pior pesadelo! Generais, aqui manda a Lei!”
Nesta segunda-feira (02), pela manhã, veio o contra-ataque do ministro: “A crise no Ceará só foi resolvida pela ação do Governo Federal, Forças Armadas e Força Nacional que protegeram a população e garantiram a segurança. Explorar politicamente o episódio, ofender policiais ou atacá-los fisicamente só atrapalharam. Apesar dos Gomes,a crise foi resolvida”, escreveu.
Moro acrescentou: “Aliás, em janeiro de 2019, o Governo Federal, desta vez pela Força Nacional, força de intervenção penitenciária, PF e PRF, já havia atuado no Estado do Ceará para, junto com as forças locais, debelar os atentados dos grupos criminosos organizados. O Governo Federal não falta ao Ceará”.
Moro evitou criticar a atuação dos PMs cearenses durante a crise.
Bolsonaro também usou as redes para defender seu ministro. ” Não somos psiquiatras! Parabenizo o Ministro Moro e envolvidos!”, escreveu Bolsonaro.
Durante o motim dos PMs, o irmão de Ciro, o senador Cid Gomes tentou invadir um quartel da Polícia Militar ocupado pelos policiais usando um trator. Foi recebido a pedras e bala. Levou dois tiros e teve que ser levado a um hospital.