O Ministério da Saúde, pasta comandada pelo médico Henrique Mandeta, contabilizou até o meio-dia desta segunda-feira (2) 433 casos suspeitos de covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV2), além de dois casos, importados da Itália, já confirmados no estado de São Paulo.
Até agora, já foram descartadas 162 suspeitas.
Pela primeira vez, a região Norte tem casos suspeitos de covid-19: dois no Pará, um no Amazonas e outro em Rondônia. Apenas Acre, Amapá, Roraima e Tocantins não possuem suspeitas do novo vírus em todo o país.
São Paulo continua liderando as suspeitas, com 163 casos, de acordo com o ministério.
O Ministério da Saúde justifica o aumento do número de casos em função da nova metodologia adotada, que agora prevê o repasse dos casos registrados pelas secretarias de saúde dos estados sem que haja a rechecagem por parte de servidores da pasta.
A partir de hoje, o Ministério da Saúde passa a considerar também, além de casos suspeitos, casos prováveis. A definição é de “pessoa que manteve contato próximo com caso confirmado por covid-19 e que, nos últimos 14 dias, apresente febre (igual ou superior a 37,8°C) ou pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas: tosse; fadiga; produção de escarro; dificuldade para respirar; mialgia/artralgia; dor de cabeça; calafrios; congestão nasal; congestão conjuntival; dificuldade para deglutir; dor de garganta; coriza; manchas vermelhas pelo corpo; gânglios linfáticos aumentados; diarreia; náusea ou vômito.”
“São casos que estão convivendo com o caso confirmado, então é a esposa, o filho… caso manifestem sintomas “, explicou o secretário em Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson de Oliveira.
Oliveira ressaltou que a expansão dos sintomas vale apenas para os casos prováveis “porque alguns coronavírus podem causar sintomas digestivos”.
“Vamos monitorar para entender a dinâmica do vírus circulando no território nacional.”
Em relação aos casos suspeitos, continua a valer apenas a febre e os sintomas respiratórios.
A Fiocruz, por meio do seu laboratório de produção Bio-Manguinhos, vai produzir 30 mil testes do novo coronavírus. Inicialmente, serão distribuídos 10 mil exames em todas as regiões do país.