A Prefeitura de Feira de Santana determinou o fechamento do comércio na cidade por 7 dias, a partir deste sábado (21), para previnir a disseminação do novo coronavírus (Covid-19) na cidade. O período compreende dois domingos, dia em que o comércio fecha. Até o momento a medida deve perdurar até 29 de março, mas pode ser estendida. Decreto com a ordem será publicado no Diário Oficial do Município nesta sexta (20).
De acordo com o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, apenas serviços de abastecimentos poderão continuar abertos. “As exceções ao decreto são os supermercados, as feiras livres de alimentos, o centro de abastecimento, as farmácias, os postos de gasolina e comércios de bairro que atuam na área de abastecimento”, explicou.
Os bares e restaurantes também poderão continuar funcionando com o limite máximo de 50 pessoas no local. Os estabelecimentos estão sendo recomendados a adotarem medidas preventivas para evitar a disseminação da doença. “A prefeitura vai fiscalizar o cumprimento da determinação”, afirmou o prefeito.
Com o decreto, os comércios do centro de Feira de Santana, mais conhecido como Feiraguai, também devem fechar.
A decisão foi tomada por unanimidade durante reunião do Comitê Temático da Indústria, Comércio e Serviços, no gabinete do prefeito, no Paço Municipal Maria Quitéria, na tarde desta quinta (19). Durante a reunião, também ficou decidido que os representantes dos segmentos do comércio, indústria e serviços voltam a se reunir, na próxima sexta-feira, 27, às 14h30, no Paço Municipal Maria Quitéria, para avaliar a evolução da disseminação do coronavírus.
Os estabelecimentos fechados vão causar um forte impacto na economia local, que é fortemente dependente das áreas de comércio e serviços. Estes setores representam cerca de 70% do Produto Interno Bruno (PIB) da cidade, de acordo com Colbert. “Vai ser um impacto econômico muito grande, mas temos um problema de saúde que precisa ser evitado”, afirmou.
Durante a reunião com a prefeitura, os comerciantes já relataram uma queda nos lucros devido à redução do número de pessoas nas ruas por causa do coronavírus. “De dois dias para cá, a queda da quantidade de vendas e na frequências dos clientes foi mais brusca”, relatou o prefeito.
Apesar de já amargar perdas, a Prefeitura ainda não possui dados sobre a redução dos lucros do comércio na cidade.