O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu que errou ao apoiar a campanha “Milão não para”, que incentivava os moradores a continuarem com suas atividades normais, apesar dos casos de coronavÃrus.
Na época, a região da Lombardia, na qual Milão fica localizada, tinha 250 pessoas infectadas pelo vÃrus, com 12 mortes. Na manhã desta sexta-feira (27), havia mais de 34.889 casos da doença confirmados na região, com 4.861 mortes, mais do que em qualquer outro ponto do paÃs, que já soma 80.589 infecções, com 8.215 mortes.
“Muitos se referem à quele vÃdeo que circulava com o tÃtulo #MilãoNãoPara. Era 27 de fevereiro, o vÃdeo estava explodindo nas redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente errado. Ninguém ainda havia entendido a virulência do vÃrus, e aquele era o espÃrito. Trabalho sete dias por semana para fazer minha parte, e aceito as crÃticas”, disse o prefeito, durante o programa Che tempo che fa, que foi ao ar na televisão italiana no último domingo.
Ele chegou a postar o vÃdeo em seu perfil no Instagram, que falava sobre os “milagres” feitos diariamente pelos cidadãos de Milão, de seus “resultados econômicos importantes” e de que a população “não tinha medo”.
O prefeito também postou uma foto usando uma camisa que tinha escrito “Milão não para”.
O próprio primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, dizia na ocasião que fechar as fronteiras do paÃs “causaria danos econômicos irreversÃveis e não era praticável”. Todos tinham uma certeza: o paÃs não podia parar. A Itália tinha 650 infectados.