A China encerrou na quarta-feira (fuso horário local) seu confinamento de Wuhan, cidade onde o coronavÃrus surgiu pela primeira vez e que se transformou no sÃmbolo da pandemia que atingiu dezenas de milhares de pessoas no mundo e abalou a economia global. Mas a normalidade agora é outra: autoridades locais continuam a regular as idas e vindas da população, e, mesmo as empresas que reabriram, sabem que enfrentarão um caminho difÃcil pela frente.
Os transportes públicos voltaram a funcionar, mas escolas continuarão fechadas, assim como bares, restaurantes, salas de jogos e karaoquês. A cidade que reabriu após mais de 10 semanas, e será observada em todo o mundo, está profundamente transformada.
A reabertura ocorre após apenas três novos casos de coronavÃrus terem sido registrado na cidade nas últimas três semanas e um dia após a China não ter relatado novas mortes pela primeira vez desde janeiro.
Os controles das viagens foram oficialmente suspensos logo após a meia-noite, o que levou muitos cidadãos à estação de trem em Wuan.
No local, policiais lembravam aos viajantes as medidas de higiene e a necessidade de manter um metro de distância uns dos outros, enquanto os alto-falantes transmitiam mensagens chamando Wuhan de “cidade dos heróis”. O fim da quarentena também foi marcado com um espetáculo de luzes.
Mas o número de voos e trens que deixam a cidade ainda é limitado. Além disso, as autoridades locais mantêm certas restrições para impedir uma segunda onda da pandemia. Os residentes podem sair sem autorização especial, mas precisam ter um aplicativo de telefone que carrega dados sobre sua sua saúde e de controle de seus movimentos, para checar se eles não estiveram em contato com uma pessoa infectada.