27 de novembro de 2024
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Copom corta Selic em 0,75 ponto, para 3% ao ano

Copom corta Selic em 0,75 ponto, para 3% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) do Brasil cortou a meta para os juros básicos (Selic) em mais 0,75 ponto nesta quarta-feira (6), para 3% ao ano.

A nova taxa de referência da economia brasileira passa a valer nesta quinta (7) e ficará em vigor por pelo menos seis semanas, quando os diretores da autoridade monetária voltarão a se reunir. Este é o nível mais baixo alcançado pela política de juros nacional desde 1999, quando o Brasil passou a adotar o Regime de Metas de Inflação.

Desde julho de 2019, quando a Selic estava em 6,5% ao ano e teve início o ciclo atual de reduções, os juros básicos vêm renovando o piso histórico, reunião a reunião.

No comunicado, a autoridade monetária escreve que “a pandemia da Covid-19 está provocando uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos”.

Para a próxima reunião, o Copom diz considerar a possibilidade de um novo corte de mesma magnitude, que encerraria o ciclo atual de ajustes com a Selic nos 2,25% ao ano. Dois membros do grupo defenderam que a dose completa do ajuste fosse feita desde já.

Esse novo corte, no entanto, está condicionado “ao cenário fiscal e à conjuntura econômica”.

Repetindo comunicados recentes, os membros do Copom avisam que seguem monitorando com atenção forças opostas agindo sobre a inflação.

No campo inflacionário, “políticas fiscais de resposta à pandemia” podem piorar as contas públicas, podendo “gerar uma trajetória para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária”.

No campo deflacionário, “o nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado”, cenário já pré-coronavírus, mas que, de acordo com a autoridade monetária, “se intensifica caso a pandemia provoque aumentos de incerteza e de poupança precaucional e, consequentemente, uma redução da demanda agregada com magnitude ou duração ainda maiores do que as estimadas”.




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