O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou neste domingo (14) que invadir hospitais, assim como incentivar a prática, é crime.
“Invadir hospitais é crime – estimular também. O Ministério Público (a PGR e os MPs Estaduais) devem atuar imediatamente. É vergonhoso – para não dizer ridículo – que agentes públicos se prestem a alimentar teorias da conspiração, colocando em risco a saúde pública”, escreveu Mendes.
No início do mês, cinco deputados estaduais de São Paulo invadiram um hospital de campanha na capital paulista. Adriana Borgo (Pros), Marcio Nakashima (PDT), Leticia Aguiar (PSL), coronel Telhada (PP) e Sargento Neri (Avante) visitaram as instalações do Anhembi, causando tumulto no local, com as críticas de que os números de mortes e de casos de covid-19 são incertos e o dinheiro usado no combate ao coronavírus, mal-empregado.
Os parlamentares gravaram vídeos mostrando uma ala do hospital ainda inativa e, portanto, vazias. Segundo a administração municipal, os deputados “invadiram de maneira desrespeitosa, agredindo pacientes e funcionários verbal e moralmente, colocando em risco a própria saúde porque inicialmente não estavam usando EPI e a própria vida dos cidadãos que estão internados e em tratamento na unidade”.
Já nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu, em live nas redes sociais, que filmem o interior de hospitais. “Se tem hospital de campanha perto de você, hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente está fazendo isso e mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não. Se os gastos são compatíveis ou não. Isso nos ajuda”, disse o presidente.