Bandidos têm se passado por funcionários da Vigilância Sanitária de Salvador (Visa) para aplicar golpes em empresários da cidade. Diante das ocorrências, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), órgão a qual a Visa é vinculada, emitiu um alerta informando que não telefona para o dono da empresa para informar que vai ao estabelecimento realizar vistoria e não pede dinheiro em troca, como suborno, para inibir qualquer atividade do órgão.
Em nota, a SMS explicou que, com as medidas restritivas devido a pandemia do coronavírus, muitos estabelecimentos tiveram que ser fechados para evitar a proliferação do vírus em Salvador. A fiscalização para cumprimento da ordem é feita por diversos órgãos, dentre eles a Vigilância Sanitária (Visa), que tem sido o foco de suspeitos para aplicar golpes a empresários. O comunicado diz ainda que a fraude cada vez mais frequente tem preocupado a gestão.
“É muito preocupante esse tipo de crime já que, especialmente, a classe empreendedora passa por um momento delicado financeiramente com o fechamento dos seus comércios e ainda recebe mais um desfalque com subornos de terceiros. Nós, da vigilância, cumprimos nosso papel sem realizar cobranças indevidas através de práticas inadmissíveis”, explicou o subcoordenador da Visa, Raoni Rodrigues.
O agente público não recebe dinheiro da população por conta própria, conforme preconizado nas diretrizes municipais. “Por isso, pedimos atenção da população nesse sentindo, para que conheça o trabalho do órgão, antes de tomar uma atitude precipitada”, finalizou Raoni.
Qualquer pagamento feito à Visa em situação de multas ou taxa de licenciamento, por exemplo, é realizado exclusivamente via Documento de Arrecadação Municipal que é depositado diretamente nas contas públicas da prefeitura. A orientação é que, o cidadão que receba ligações com esse tipo de abordagem deve denunciar o número para as entidades de segurança ou entrar em contato com a Ouvidoria da Prefeitura através do 156.
Desde o início da pandemia na capital baiana, a operação da Visa já realizou mais de 8.500 ações, como inspeções a instituições de saúde, indústrias de saneantes, coletas de álcool gel para avaliação, ações educativas a população em geral, atendimentos a denúncia e etc.