O Ministério da Justiça e da Segurança Pública informou em nota divulgada nesta terça-feira (11) que entregou à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional “informações e documentos necessários para a realização da atividade de controle e fiscalização externos da atividade de inteligência”.
Na última sexta-feira (7), em reunião com deputados e senadores da comissão, o ministro André Mendonça, prometeu entregar aos parlamentares o relatório sigiloso sobre 579 servidores públicos da área de segurança identificados como integrantes do movimento antifascismo e opositores do governo Jair Bolsonaro.
Após a revelação da existência do documento, em reportagem do portal Uol, Mendonça determinou a abertura de uma sindicância para apurar as circunstâncias da elaboração do relatório. Ele também substituiu o então diretor do órgão, Gilson Liborio.
O presidente da comissão, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), disse que assinou um termo de confidencialidade (veja imagem abaixo) depois da entrega pelo ministério de vários arquivos, entre os quais o suposto dossiê. Trad vai integrar missão brasileira de ajuda ao Líbano e tem previsão de retornar na próxima semana. Ele afirmou que, na terça-feira (18), dará acesso ao relatório para os integrantes da comissão que pedirem, mediante compromisso de confidencialidade.
Na nota, o Ministério da Justiça diz que, na reunião com os parlamentares, André Mendonça respondeu a todas as perguntas e esclareceu todas as atividades da Diretoria de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), órgão que teria produzido o suposto dossiê.
Na nota, o ministério diz que foi pedida à Polícia Federal a instauração de um inquérito policial apurar “vazamentos de informações e conteúdos de documentos relacionados à atividade de inteligência”.