As autoridades de Israel e dos Emirados Árabes Unidos chegaram a um acordo nesta quinta-feira (13) que levará a uma normalização total das relações diplomáticas entre as duas nações do Oriente Médio após uma negociação que o presidente dos EUA, Donald Trump, ajudou a intermediar.
Sob o acordo, Israel concorda em suspender a aplicação da declaração de soberania a áreas da Cisjordânia que vinha discutindo anexar, disseram altos funcionários da Casa Branca à agência Reuters.
O acordo foi o produto de longas discussões entre Israel, Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos que se aceleraram recentemente, disseram autoridades da Casa Branca.
“Grande avanço hoje! Acordo de paz histórico entre nossos dois GRANDES amigos, Israel e os Emirados Árabes Unidos ”, escreveu o presidente americano no Twitter.
A negociação foi selada em um telefonema na quinta-feira (13) entre Trump, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o xeque Mohammed Bin Zayed, príncipe herdeiro de Abu Dhabi.
As autoridades americanas descreveram a normalização de relações, que será conhecida como Acordos de Abraham, como o primeiro de seu tipo desde que Israel e Jordânia assinaram um tratado de paz em 1994. Ele também dá a Trump um sucesso de política externa enquanto busca a reeleição em 3 de novembro.
Netanyahu afirmou que esse é um dia histórico para o seu país. Em discurso nesta tarde, o premiê israelense, porém, disse que o tema da anexação das terras na Cisjordânia “continua na mesa”.
Funcionários da Casa Branca disseram que o conselheiro sênior de Trump, Jared Kushner, o embaixador dos EUA em Israel David Friedman e o enviado para o Oriente Médio Avi Berkowitz estiveram envolvidos nas negociações, assim como o secretário de Estado Mike Pompeo e o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca Robert O’Brien.