25 de novembro de 2024
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Polícia diz que deputada Flordelis é a mandante do assassinato do marido

Polícia diz que deputada Flordelis é a mandante do assassinato do marido

As investigações sobre a morte do pastor Anderson do Carmo concluíram, nesta segunda-feira (24), que sua viúva, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), foi a mandante do assassinato. Ela foi denunciada à Justiça pelo crime. O pastor de 42 anos foi executado em junho de 2019, com diversos tiros, após chegar em sua residência.

Entre os presos, estão seis filhos do casal, uma neta e um ex-policial militar. Equipes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSGI) e do Ministério Público Estadual do Rio (MP-RJ) tentam cumprir nove mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra 11 envolvidos no crime.

Segundo a polícia, antes do assassinato a tiros, Flordelis tentou matar o marido pelo menos quatro vezes – uma delas com veneno na comida. Ela não pôde ser presa por possuir imunidade parlamentar. Nestes casos, a Constituição veda a prisão cautelar que não seja a prisão em flagrante delito.

São alvos dos mandados de prisão preventiva os também denunciados Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco da Silva, Rayane dos Santos Oliveira, Flávio dos Santos Rodrigues, Adriano dos Santos Rodrigues, Andrea Santos Maia e Marcos Siqueira Costa.

Conforme o MP-RJ, também são cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos réus em Niterói, São Gonçalo, Rio de Janeiro e Brasília.

Denúncia – A denúncia apresentada à Justiça afirma que Flávio dos Santos Rodrigues, junto com Lucas Cézar dos Santos de Souza, Flordelis e os demais denunciados, atirou diversas vezes contra Anderson do Carmos de Souza, na madrugada do dia 16 de junho de 2019, em sua casa no bairro Badu, Pendotiba, Niterói.

Flordelis é responsabilizada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também teria financiado a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia.

O motivo do crime seria o fato de a vítima manter rigoroso controle das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família.

Flordelis e outros suspeitos também são denunciados crime de uso de documento falso, por tentarem, através de carta redigida por Lucas, atribuir a pessoas diversas a autoria e ordem para a prática do homicídio. Segundo a denúncia, o executor Flávio tinha o objetivo de livrar ele próprio e Flordelis da responsabilização do crime.




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